Se você está organizando uma viagem para o Peru, este post vai te ajudar muito. Visitei o país em 2024 e notei 15 erros comuns que os turistas cometem, mas que podem ser facilmente evitados. A seguir, listo todos e explico como organizar seu roteiro sem cair em furadas. Por isso, antes de viajar para o Peru, preste bastante atenção nessas dicas.
1º erro: Ir para Machu Picchu na época chuvosa
Durante a época de chuvas, de dezembro a março, a estrada para Machu Picchu pode ficar interditada. Além disso, mesmo se o parque arqueológico estiver aberto, corre o risco de você chegar lá e não conseguir ver as ruínas, porque nevoeiros são comuns neste período.
Abril, outubro e novembro são meses intermediários em relação a chuva. De maio a setembro chove bem menos em Machu Picchu. Por isso, essa é a melhor época para ir ao Peru. No entanto, é importante lembrar que os meses de julho e agosto são de alta temporada e mais cheios de gente. É quando muitos europeus também decidem marcar viagem para o Peru.
Eu estive em Machu Picchu no final de agosto e não achei as ruínas cheias. Nem a cidade de Cusco, aliás. Talvez porque o governo do Peru controla a quantidade de pessoas que podem entrar por dia nas ruínas.
Ruínas de Machu Picchu. Foto: Marcelle Ribeiro.
2º erro: Achar que o clima é o mesmo no país todo
O Peru é um país grande. Então, para saber qual é a melhor época para a sua viagem para o Peru, você precisa definir antes quais cidades vai visitar. Indo no inverno, você consegue pegar dias de sol em algumas cidades, mas em outras regiões o frio pode ser bem puxado.
Quando estive no Peru, no fim de agosto e início de setembro, peguei dias frios e secos em Cusco, gelados em Lima e mais amenos em Ica, Huacachina e Nazca. Em Lima, o tempo está quase sempre nublado, independentemente da época do ano.
Maras, Vale Sagrado. Foto: Maridão.
3º erro: Levar as roupas erradas para a viagem ao Peru
Esse erro tem tudo a ver com a época do ano que você vai viajar. Montar uma mala de viagem para o Peru pode parecer bem desafiador dependendo do seu roteiro.
Eu enfrentei diferentes condições climáticas. No deserto de Huacachina, fiquei de camisa de manga curta e calça leve. Já no passeio de Ica para Paracas, um bom casaco corta-vento foi essencial. Isso porque no deserto à beira-mar e no passeio de barco para as Ilhas Ballestas ventava muito. O vento gelado era tão intenso que usei até luvas e cachecol para me proteger.
A cidade de Nazca, que fica a apenas 2h30 de Huacachina, também está em uma região desértica. Mas lá é quentinho até no inverno. Tanto que passei o dia de bermuda e camiseta.
Dia ensolarado em Nazca. Foto: Maridão.
Em Lima o frio era constante o dia todo, assim como o tempo nublado. Foi necessário usar casacos mais pesados, luvas e cachecol quase o tempo todo.
Em Machu Picchu, mesmo sendo inverno, nós ficamos de camiseta de manga curta em boa parte do dia, porque lá em cima nas ruínas fazia calor. Mas eu tinha um casaco corta-vento levinho na mochila. Além disso, boné, óculos escuros e protetor solar foram essenciais, porque a gente fica horas e horas em uma área com pouca sombra. E o sol queima mesmo! Ainda mais naquela altura!
O que levar para o Peru: a técnica da cebola
A estratégia ideal para esse destino é a famosa técnica da “cebola”: vestir-se em camadas. Em vez de um único casaco pesado, leve roupas de diferentes níveis de aquecimento. Assim, você pode ir adicionando ou removendo peças conforme a temperatura varia ao longo do dia.
Por isso também é importante você passar o dia em Cusco com uma mochila, onde, nas horas mais amenas do dia, possa ir guardando gorro, casaco, luva… Andar só com bolsinha pequena à tiracolo não era uma boa estratégia, pelo menos para nós que fomos no inverno.
Cusco, por ser uma região montanhosa e de altitude elevada, teve as maiores variações de temperatura. Pela manhã e à noite, o frio era intenso. Precisei usar até três casacos, calça térmica e meias de lã. Mas lá pro meio do dia, a temperatura subia e se tornava mais agradável, exigindo que eu removesse algumas camadas de roupa.
Para os dias em Ica e Huacachina, essa técnica foi importante. De manhã cedinho e à noite, o frio aparecia e um casaco de média espessura foi necessário. No entanto, ao longo do dia, eu usava camiseta de manga curta e calça leve.
Dia gelado em Lima. Foto: Maridão
4º erro: Não separar dias no roteiro para passar mal
Parece maluquice, mas é isso mesmo! Quando estiver decidindo quantos dias vai passar em regiões com alta altitude, como Cusco (3.400 m), monte seu roteiro com dias ou horas de sobra. É que as chances de você passar mal são reais, independentemente da sua idade ou se você costuma fazer exercícios físicos. Algumas pessoas não sentem nada, mas outras — como a mãe de uma amiga minha — podem até passar o dia no hospital com galão de oxigênio.
Quando fiz minha viagem para o Peru, tive uma forte enxaqueca e muito cansaço em Cusco. Então, confie em mim: deixe tempo de sobra no seu roteiro para fazer as coisas com calma. Você provavelmente vai andar mais devagar em Cusco e pode querer passar uma manhã ou tarde no hotel se recuperando.
Vista de Cusco. Foto: Marcelle Ribeiro.
5º erro: Ir sem seguro viagem para o Peru
Não é obrigatório ter seguro para entrar no Peru, mas não é nada esperto ir pra lá sem um. Eu mesma tive que acionar o meu seguro viagem por conta dessa enxaqueca e acabei indo num médico por lá.
Além de passar mal pela altitude, você pode pegar uma gripe ou sinusite por conta do frio do inverno, torcer o pé subindo as ruínas nas montanhas ou passar mal pela comida diferente…
Um seguro viagem para o Peru custa a partir de R$ 10 por dia. E pode sair ainda mais barato se você comprar pela Seguros Promo, onde tem um cupom de até 30% de desconto!
6º erro: Ficar sem internet no celular na viagem para o Peru
Imagina se você passa mal e não tem internet para falar com a seguradora que contratou? Além disso, você vai usar a internet para abrir mapas ou pedir carros de aplicativo (que são bem baratos no Peru). Eu testei várias empresas de chip ao longo das minhas viagens pelo mundo. A seguir estão algumas que eu recomendo:
- O Meu Chip: 15% de desconto utilizando o cupom VICIADAEMVIAJAR;
- Airalo: 10% usando o cupom VICIADAEMVIAJAR;
- Holafly: 5% com o cupom VICIADAEMVIAJAR;
- A Casa do Chip: 15% de desconto com o cupom VICIADAEMVIAJAR;
Plaza Mayor, em Lima. Foto: Marcelle Ribeiro.
7º erro: Não saber como levar dinheiro para o Peru
A moeda do Peru é o Novo Sol (PEN), representado pelo símbolo “S/”. Em dezembro de 2024, a taxa de câmbio era:
- R$ 1 = 0,60 soles
- US$ 1 = 3,74 soles
- 1 euro = 3,88 soles
Para facilitar essa conversão, uma dica é multiplicar o valor em soles por 1,5, tendo assim uma estimativa aproximada em reais.
Durante minha viagem no Peru, usei principalmente o cartão Wise, que é amplamente aceito no país. O Wise é um “cartão global multimoedas”. Ele funciona como um cartão de débito internacional que permite pagamentos direto na moeda local, com taxas adicionais bem pequenas. Além disso, dá pra sacar a moeda local com seu cartão Wise.
Você vai precisar de um pouco de dinheiro físico na sua viagem para o Peru, porque lojinhas de conveniência em Machu Picchu, guias de turismo, táxis e entradas em alguns museus são aceitam cartão.
Para saber mais, recomendo ler o post específico sobre dinheiro no Peru.
Escadaria de Pisac, perto de Cusco. Foto: Marcelle Ribeiro.
8º erro: Achar que para viajar para o Peru precisa de passaporte
Todos os cidadãos brasileiros podem entrar no país apresentando apenas a carteira de identidade nacional física ou um passaporte válido por pelo menos seis meses. O tempo máximo de permanência no Peru para turistas é de 180 dias. Para uma estadia mais longa, é necessário consultar consulados peruanos.
9º erro: Achar que para viajar ao Peru precisa de visto
Não é necessário visto de turista ou de negócios para os brasileiros.
Salinas de Maras. Foto: Marcelle Ribeiro.
10º erro: Não comprar a entrada de Machu Picchu com antecedência
Como eu já citei aqui, o número de visitantes nas ruínas é limitado por dia. Além disso, Machu Picchu é a atração mais famosa do país. Por isso, o ideal é você comprar os ingressos com cerca de 2 meses de antecedência, quando ainda estiver planejando sua viagem para o Peru.
Além disso, na hora da compra, você já precisa saber em qual horário vai e qual trilha do sítio arqueológico quer fazer.
Quem deixa pra comprar em cima da hora tem muito mais dificuldade de conseguir as entradas. Você pode ter que pagar mais caro para comprar com intermediários e acabar não indo no horário e na trilha que quer. Outra desvantagem de não se planejar é acabar pegando muita fila para adquirir os tíquetes.
Leia também: Dicas sobre Machu Picchu: 11 erros que você não pode cometer
11º erro: Não comprar bilhete de trem pra Machu Picchu antes
Do mesmo modo, é importante comprar o bilhete de trem para o sítio arqueológico com antecedência. Atualmente, são duas empresas de trem que levam até Machu Picchu: a Inca Rail e a Peru Rail. Eu usei as duas e te conto como é cada uma neste post aqui do blog .O ideal é que você compre o bilhete também com 2 a 3 meses de antecedência. E é importante já estar sabendo qual vai ser seu horário de entrada em Machu Picchu.
Trem da Peru Rail. Foto: Marcelle Ribeiro.
12º erro: Não calcular bem quantos dias ficar no Peru
O Peru tem várias cidades bacanas pra conhecer e não se resume a Machu Picchu. Mas quantos dias passar no Peru? Tem gente que passa 20 dias no país, tem gente que passa uma semana. O tempo ideal vai depender do que você quer ver por lá.
Para saber como montar o seu roteiro de viagem ao Peru, é muito importante pesquisar sobre as principais regiões turísticas do país. Eu passei 13 dias por lá e conheci Ica, Paracas, Nazca, Lima, Cusco e Machu Picchu. Além dessas cidades, há outras que talvez você queira conhecer. A seguir, listo os principais destinos peruanos:
- Lima, a capital.
- Cusco
- Machu Picchu, que fica perto de Cusco
- Ica e Paracas, que ficam perto uma da outra
- Nazca, que não fica distante de Ica e Paracas
- Arequipa, que já fica bem ao Sul do Peru
- Puno, também ao Sul
- Huaraz, que fica bem ao Norte do país
Torre do Mirante, em Nazca. Foto: Marcelle Ribeiro.
13º erro: Achar que tem avião para todos os lugares
O Peru é grande, mas isso não significa que tem avião para todos os destinos turísticos. Você só vai conseguir chegar de ônibus a cidades como Ica, Nazca, Paracas e Huaraz.
Para chegar a Cusco, tem muitos voos por dia. Mas para ir de Cusco para Machu Picchu, você vai ter que pegar algumas horas de trem, ou de ônibus + trem.
Mas fique tranquilo, porque o Peru tem empresas de ônibus intermunicipais muito boas.
14º erro: Não saber se é seguro viajar para o Peru
Durante a minha viagem, eu não tive sensação de insegurança em nenhum momento. Eu e meu marido passeamos à noite a pé em várias cidades e não tivemos problema algum. Não fomos abordados e nem aconselhados por moradores sobre “tal lugar ser perigoso” nem nada assim, sabe? Foi tudo bem tranquilo!
15º erro: Não saber quanto custa ir para o Peru
Muita gente planeja sua viagem para o Peru achando que é um país barato, mas não é bem assim. Na verdade, depende muito do seu estilo de viagem e as cidades que você decidir visitar. Machu Picchu, por exemplo, é bem cara.
Eu, que não sou mochileira, mas também não sou uma viajante de luxo, gastei, em média, 124 soles (US$ 33 ou R$ 203) com alimentação por dia por pessoa. Evitei comidas de rua e comi em restaurantes bonitinhos. Além disso, o nosso gasto médio com uma diária em um quarto duplo de um hotel 3 ou 4 estrelas foi de 251 soles (US$ 67 ou R$ 411), com café da manhã incluído. Os preços são de agosto de 2024.
Saiba mais no post “Quanto custa viajar para o Peru“.
Prato de Ceviche. Foto: Marcelle Ribeiro.
Ainda tem dúvidas sobre como organizar sua viagem para o Peru? Escreva nos comentários!
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