Turismo no Vietnã: 10 erros que você não pode cometer
Fazer turismo no Vietnã ainda não é muito comum entre brasileiros. Por isso, encontrar informações para planejar uma viagem pra lá pode ser bem complicado, dando margem pra muitos erros. Neste post, vou falar sobre os equívocos mais comuns dos turistas e te dar todas as dicas para você não cair nessas furadas! Se preferir, navegue pelo índice abaixo:
Quantos dias ficar no Vietnã?
Com que países combinar a viagem?
Como se locomover no Vietnã?
Vietnamitas falam bem inglês?
Como ter internet no celular?
Quanto custa viajar ao Vietnã?
Quando ir ao Vietnã?
Precisa de seguro viagem?
Visto é obrigatório?
O Vietnã é seguro?
Templo Ngoc Son, em Hanói. Foto: Marcelle Ribeiro.
1º erro: Não calcular bem quantos dias ficar no Vietnã
Quem vai fazer turismo no Vietnã deve entender que o país tem muitas atrações, em diferentes cidades. Por isso, é preciso estabelecer prioridades. No total, eu fiquei seis dias no Vietnã, porque queria focar em 3 coisas: belezas naturais, história e lugares famosos.
Fui a Ho Chi Minh, onde visitei museus e prédios históricos incríveis, além de ter visto de perto um local onde aconteceram confrontos da Guerra do Vietnã. Mas passei a maior parte da minha viagem em um cruzeiro pela Halong Bay, uma baía com montanhas enormes que é belíssima! Passei menos de 24 horas na capital, Hanói, porque nas minhas pesquisas não parecia ser um lugar tão legal. E, de fato, não era!
Mas deixei de fora do roteiro as praias do Vietnã (que não me pareceram super incríveis) e destinos de montanha.
Halong Bay: local obrigatório para turismo no Vietnã. Foto: Marcelle Ribeiro
Meu roteiro no Vietnã
1º dia: Cheguei de manhã cedo em Ho Chi Minh. Conheci o Museu dos Vestígios de Guerra e o Palácio da Independência. À tarde, fui para a Torre Bitexco ver a vista da cidade. Dormi no Sanouva Saigon Hotel.
2º dia: Fiz o passeio para os túneis Cu Chi. À tarde, conheci a Catedral de Notre-Dame de Saigon, a Ópera de Saigon, o Prédio Central dos Correios e o Comitê do Povo (Veja mais sobre o que fazer em Ho Chi Minh). À noite, voei pra Hanói e dormi no L’Signature.
3º dia: Peguei um transfer de Hanói pra Halong Bay. Foi o 1° dia no cruzeiro do Paradise Elegance e conheci duas atrações famosas: a ilha Titov e a Luon Cave. Fiz aula de culinária, tomei drinks, vi uma atração musical e dormi no barco.
4º dia: Conheci mais atrações da baía de Halong: a Tien Ong Cave, uma vila flutuante de pescadores e um museu sobre a pesca (Veja o que fazer em Halong Bay com mais detalhes). Descansei na banheira, tentei pescar lulas de noite e dormi no barco novamente.
5º dia: Vi o sol nascer na baía e depois conheci a “Amazing Cave”, com estalactites gigantes e uma vista linda. Voltei de transfer pra Hanói e ainda conheci um pouco de lá. Fui ao lago Hoan Kiem e aos templos Ngoc So e Tran Quoc Pagoda. À noite, fui ver o show aquático de marionetes. Dormi no meu 2° hotel em Hanói, o Shining Central.
6º dia: O plano era conhecer o Museu da Mulher Vietnamita, mas tive que trabalhar. Às 15h, decolei para o Camboja.
Museu dos Vestígios de Guerra. Foto: Marcelle Ribeiro.
Outros destinos para conhecer no Vietnã
Tem muito mais o que fazer no Vietnã! Como eu disse, eu priorizei algumas coisas, mas se você tiver mais tempo vale considerar ir também para estas cidades do Vietnã:
- Hoi An, com casinhas coloridas, varais de lanterna, e um rio onde fazem passeios de barco;
- Sapa, cercada de montanhas e com muitos terraços de arroz. Para quem quer fazer turismo no Vietnã e busca serenidade;
- Da Nang, com praias que parecem as do Brasil e uma ponte famosa, com uma escultura enorme de mãos;
- Ninh Binh, com montanhas, rios e templos;
- Hue, com uma antiga cidade imperial;
- Phu Quoc, onde dizem que estão as melhores praias do Vietnã.
Phu Quoc, no Vietna. Foto: Darren Nunis/Site Unsplash.
2º erro: Não combinar a viagem ao Vietnã com outros países
Demora quase 2 dias pra chegar ao Vietnã. Seu voo certamente vai fazer escala numa cidade europeia ou do Oriente Médio (ou até na África). Mas você pode aproveitar essa “parada técnica” de forma inteligente e não apenas fazer turismo no Vietnã mas também no país onde fizer escala!
Em alguns países, você consegue fazer stopovers gratuitamente, ou seja, ficar mais uns dias no destino “no meio do caminho” sem pagar mais caro pela passagem ou visto. Para quem sai do Rio de Janeiro ou de São Paulo o mais comum é que essa escala seja nos seguintes lugares:
- Istambul, na Turquia;
- Doha, no Qatar;
- Etiópia, na África;
- Dubai ou Abu Dhabi, nos Emirados Árabes;
- Alguns países da Europa para onde há voos diretos do Brasil, como a França, a Inglaterra e a Holanda.
Doha, no Qatar. Foto: Maridão.
Fazendo esse stopover você vai demorar mais de 2 dias para chegar no Vietnã? Sim! Mas, vai por mim, vale mais a pena! Além de conhecer outros países, você vai conseguir descansar e aproveitar mais.
Ah, e saiba que é mais barato comprar passagem do Brasil para Bangkok, na Tailândia, ou para Kuala Lumpur, na Malásia, e depois comprar, separadamente, uma passagem para o Vietnã. Essas duas capitais são hubs aéreos no Sudeste Asiático. Ou seja, recebem voos do mundo inteiro.
3º erro: Não priorizar voos ao fazer turismo no Vietnã
Muitas vezes não vai compensar ir de uma cidade para outra do Vietnã de ônibus ou trem. O país é bem comprido, tornando as viagens nesses modais longas e muito cansativas. Por isso, é melhor ir de avião. Um exemplo prático: a viagem de Hanói a Ho Chi Minh de trem dura mais 33 horas, enquanto eu fiz esse mesmo trajeto de avião em 2 horas.
O Vietnã tem uma companhia área dessas “tradicionais”, que é ótima, a Vietnam Airlines. Além disso, lá também tem as opções low costs, que são as companhias barateiras. Eu sempre compro minhas passagens na 12Go Asia para andar dentro do Sudeste Asiático. Lá, você encontra passagens não apenas de avião, mas de trem, ônibus e barco.
Eu nos túneis em Cu Chi, em Ho Chi Minh. Foto: Maridão.
4º erro: Achar que os vietnamitas falam inglês bem
Olha, os moradores locais que trabalham com turismo no Vietnã até falam inglês, mas se prepare para uma comunicação complicada. Eles têm um sotaque bem forte e não costumam pronunciar o final das palavras. Eu e meu marido compreendemos bem o idioma, mas tivemos bastante dificuldade para entendê-los. Isso até mesmo quando falávamos com guias turísticos ou recepcionistas dos hotéis.
Por isso, dou uma dica: quando for contratar passeios, não feche com agências baratinhas de esquina. Reserve com agências bem conceituadas, onde você consiga ver a avaliação de outros turistas, porque eles geralmente comentam se os guias falavam inglês bem ou não. Eu super indico o site Get Your Guide. Já comprei passeios super bem avaliados lá, não só no Vietnã, mas em vários outros países do mundo.
Tran Quoc Pagoda, em Hanói. Foto: Marcelle Ribeiro.
5º erro: Ficar sem internet no celular
A maneira mais confortável e com melhor custo benefício de se locomover nas grandes cidades vietnamitas é com carro por aplicativo, porque é barato e mais fácil do que andar de transporte público. Nós usamos muito o Grab, que é parecido com o Uber. Mas pra isso, você precisa ter internet no seu celular.
E como faz para ter chip para celular no Vietnã? Eu usei um e-sim da Holafly, instalei antes de sair do Brasil e só precisei ativar quando cheguei lá. As instruções e o atendimento são em português, mas eu nem precisei contatá-los. Se você quiser saber mais sobre a Holafly, tem post aqui no blog falando tudo sobre a empresa! Tive sinal o tempo todo, inclusive em Halong Bay, onde muitas operadoras não funcionavam.
Meu marido também usou um e-sim, mas de outra empresa: O Meu Chip. E o processo foi o mesmo.
Sair do Brasil já com um chip é bem mais prático do que comprar chip lá, porque não vai ter que falar inglês com um atendente vietnamita em alguma lojinha no aeroporto (lembra que eu disse que o inglês deles não é muito bom?).
Ah, e claro que você tem desconto! Com meu cupom VICIADAEMVIAJAR, você tem 5% de desconto na Holafly e 15% na O Meu Chip!
Hoi An, no Vietnã. Foto: Hoi An Photographer/Site Unsplash.
6º erro: Não pesquisar sobre os preços no Vietnã
De maneira geral, fazer turismo no Vietnã não é caro. Eu e meu marido até fizemos algumas extravagâncias, como na hora de fechar um cruzeiro. Escolhemos um dos barcos mais luxuosos disponíveis, porque queríamos a garantia de uma viagem tranquila e confortável. Além disso, lemos algumas coisas não tão agradáveis sobre os cruzeiros mais simples.
Se você for mais econômico que nós dois, vai gastar bem menos. Seu dinheiro lá rende! E eu já fiz um post no blog contando tudo sobre quanto custa viajar para o Vietnã. Depois que acabar de ler este post aqui, não deixe de dar uma conferida!
7º erro: Fazer turismo no Vietnã na época errada
E qual a melhor época para viajar para o Vietnã? Bom, por ser um país comprido, cada região tem um clima diferente. Então, vou te dar as dicas dos melhores meses para visitar somente as regiões que eu visitei.
- Para conhecer Hanói e Halong Bay: fevereiro, março e abril;
- Para visitar Ho Chi Minh: dezembro a abril (mas dá para arriscar ir em novembro).
Vista de Ho Chi Minh do alto da Torre Bitexco. Foto: Marcelle Ribeiro
Esses são os meses em que menos chove nesses lugares. Eu viajei no começo de março e peguei dias quentes em Ho Chi Minh. Em Halong Bay, peguei 2 dias frios, mas sem chuva. E ainda peguei um dia ensolarado e quente lá e em Hanói.
8º erro: Viajar para o Vietnã sem seguro viagem
Para fazer turismo no Vietnã é obrigatório ter seguro viagem! As companhias aéreas nem deixam você embarcar pra lá sem um.
Eu contratei um plano pela Seguros Promo que custou menos de R$ 11 por dia e me deu uma cobertura de até US$ 60 mil em gastos médicos. Eu fiz um post aqui sobre Seguro Viagem para o Vietnã e conto mais detalhes sobre meu plano. Ainda dou dicas de outros dois que são até melhores que o meu!
Lembrando que com o meu cupom VICIADA15, você tem até 15% de desconto em qualquer plano para qualquer destino na Seguros Promo!
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9º erro: Não se organizar para tirar o visto para o Vietnã
Sim, brasileiros precisam de visto para fazer turismo no Vietnã! Assim como o seguro viagem, é obrigatório e eles cobram mesmo! Quando viajei em março, emiti o visto online e custou US$ 25 (R$ 137, ago/24). Esse valor é para entrada única. Para entradas múltiplas, o valor era de US$ 50 (R$ 273, ago/24).
10º erro: Achar que o Vietnã é perigoso
Pela minha experiência, é seguro viajar para o Vietnã. Eu viajei com meu marido e íamos para muitos lugares a pé, inclusive durante a noite. Não presenciamos nada que nos assustasse ou ficamos com uma sensação de insegurança.
A única coisa “diferente” que aconteceu foi numa noite em que meu marido saiu sozinho pra comprar água. Ele foi abordado por um homem na rua que ofereceu os serviços de uma prostituta. Mas ele fingiu que não entendeu, virou as costas e seguiu seu caminho.
Não usamos muito transporte público, porque nem valia a pena financeiramente. Usar carro por aplicativo por lá é uma opção muito mais vantajosa, já que as tarifas são baixas. O aplicativo mais usado no Vietnã para esse serviço é o Grab, que é bem parecido com o Uber. Ele aceita o cartão Wise, tem vários idiomas e é super prático, além dos preços em conta.
Comitê do Povo, em Ho Chi Minh. Foto: Marcelle Ribeiro
Mas um alerta que faço é para a segurança no trânsito, já que isso é bem caótico no Vietnã. Andar pela cidades grandes, como Ho Chi Minh e Hanói, exige atenção redobrada, porque mesmo quando há sinalização e faixa de pedestres, os vietnamitas não respeitam. Além disso, em algumas áreas sequer existem sinais de trânsito, faixas de pedestre ou guardas.
Outra coisa que contribui para esse caos são as motos, que ficam estacionadas nas calçadas. São muitas motos mesmo! E quase não sobra espaço para pedestres passarem. Portanto, tenha muita atenção ao andar por lá!
Agora você já sabe quais erros não cometer na sua viagem. E aí, tem mais alguma dica de turismo no Vietnã? Escreve nos comentários!
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