Santiago: Dicas de hospedagem, transporte, câmbio e compras

Pensando em ir para Santiago? Separei algumas dicas gerais abaixo. Vamos lá?

 

Aeroporto: guarde o papel da imigração!

Quando você pousar em Santiago, o funcionário da imigração chilena vai te dar um recibo de entrada no país. Guarde esse papel em boas condições até chegar no Brasil! Ele é super importante por duas razões. Primeira: quando você for fazer check in no seu hotel, caso apresente esse recibo e diga que vai pagar em dólares, você evita pagar imposto de quase 20% sobre a sua hospedagem (paga-se no próprio hotel). Segunda razão: você precisa apresentar esse recibo de imigração novamente, na hora de sair do país, ao funcionário da imigração no aeroporto. Eu levei uma bronca do funcionário porque o meu tava meio rasgado… Ou seja: guarde bem o seu papel! E leve dólares para pagar o hotel!

 

Poluição

Eu já tinha lido que em alguns momentos do dia, principalmente no final da tarde, se forma uma camada de poluição em Santiago, mas não achei que fosse me incomodar tanto. É algo feio de ver, e eu percebi a poluição nitidamente quando subi ao Parque Metropolitano. Confesso que estragou um pouco o passeio. Além disso, a poluição junto com o ar seco de abril fez meu nariz ficar todo ressecado, bastante incômodo. Dica: leve um gel lubrificante nasal.

Horizonte de Santiago com camada de poluição. Foto: Marcelle Ribeiro.

 

Onde ficar:

Sugiro que você fique nos bairros de Bellavista ou Providência, pois eles são próximos do metrô, de alguns pontos turísticos (La Chascona e Parque Metropolitano) e principalmente de bares e restaurantes, e são mais bacanas que o centro da cidade. O centro de Santiago é como todo centro de cidade grande: após o horário comercial e no final de semana, os estabelecimentos fecham e tem bem menos gente nas ruas.

(Veja onde comer em Santiago neste post)

Fiquei no bairro Bellavista, na Calle Pio Nono, que é bem cheia de bares no estilo “Lapa” no Rio de Janeiro. Eu estava a 2 minutos do shopping gastronômico Pátio Bellavista, uma ótima opção a qualquer hora do dia ou da noite. O Rado Boutique Hostel tinha camas confortáveis no quarto que compartilhei com 7 meninas, com banheiro dentro dele, além de aquecedor e um café da manhã gostoso. Foi uma ótima escolha, apesar de ser um pouco barulhento, pela localização. Deu para ir andando até os museus do centro e também para o Parque Metropolitano e para a La Chascona, a casa-museu de Neruda na capital.

Um post que me ajudou a escolher a minha hospedagem foi esse aqui, do blog Viaje na Viagem.

 

Que moeda levar

Com exceção do hotel, que você paga em dólar com desconto, você vai precisar de pesos chilenos para tudo na sua viagem. Mas não vale a pena comprar no Brasil para levar, pois além de ser uma moeda difícil de achar, você terá uma cotação ruim.

Leve uma moeda forte para o Chile: reais, dólares ou euros. Eu não compraria dólares ou euros especialmente para levar para Santiago, a não ser o valor do hotel. No meu caso, o que fiz foi: levei reais e os dólares que eu já tinha em casa (que eram suficientes para pagar o hostel). Troquei reais por pesos chilenos com facilidade em casa de câmbio no centro de Santiago.

O Ricardo Freire, do Viaje na Viagem, tem um ótimo post sobre qual moeda levar para o Chile. E tem também outro texto excelente dando dicas de casas de câmbio. Segui as dicas dele e encontrei boas cotações no centro de Santiago, na Calle Agustinas, entre as ruas Ahumada e Banderas. Como no centro tem uma casa de câmbio ao lado da outra, foi fácil. Eu troquei o mínimo necessário no aeroporto e na manhã seguinte troquei o resto no Centro.

 

Como se locomover

Eu andei boa parte do tempo a pé, pois me hospedei no bairro de Bellavista, que é próximo do Centro e que também tem atrações bacanas, como disse acima. Também usei o metrô no resto do tempo. Ele funciona bem e liga os principais pontos de seu interesse. O site oficial do metrô de Santiago é esse aqui: https://www.metrosantiago.cl/ . Você encontra um mapa do metrô neste link aqui. E também abaixo.

Cartão BIP! do metrô de Santiago.

Mapa do metrô de Santiago

Para pegar o metrô, você compra um cartão especial (chamado BIP, que custa 1500 pesos) e carrega ele com quanto dinheiro quiser. A carga mínima é de 1000 pesos e os valores carregados devem ser múltiplos de 500 pesos. O valor da passagem individual depende do horário do dia em que você vai pegar o metrô.

Horário de rush (de segunda a sexta, de 7h às 9h e de 18h às 20h): 740 pesos

Horário intermediário (de segunda a sexta, de 6h30 às 7h, das 9h às 18h e das 20h às 20h45 e aos sábados, domingos e feriados em qualquer período do dia): 660 pesos.

Horário de menor movimento (de segunda a sexta, das 6h às 6h30 e 20h45 às 23h): 610.

Não cheguei a usar táxis ou ônibus. O Diego, do blog Meus Roteiros de Viagem, usou táxi e conta nesse post aqui como foi sua experiência.

Para ir e voltar do aeroporto, eu usei o serviço de transfers em vans, que funcionam 24h e te deixam na porta do seu hotel. A empresa mais famosa é a Transvip, que cobra m valor dependendo do bairro para onde você vai. Para Bellavista, paguei 7.600 pesos por trecho. Você pode reservar a sua vaga na van pelo site ou lá na hora em que chegar no aeroporto (tem um guichê deles bem perto da esteira de bagagens e da casa de câmbio).

Como meus voos de ida e de volta eram de madrugada, nem cogitei pegar transporte público para o aeroporto, que nesse horário não funcionam. Mas caso você queira economizar, pode pegar um ônibus + metrô (1700 pesos do ônibus + a passagem do metrô). Veja os horários e locais de embarque e desembarque nos sites das empresas de ônibus que operam o trecho: Tur Bus e Centropuerto.

Táxis custam cerca de 15 mil pesos do aeroporto até seu hotel.

 

Compras

Imperdível em Santiago é comprar os maravilhosos vinhos chilenos. Como não havia muitas lojas de vinhos por Bellavista, onde eu estava hospedada, fui ao shopping Costanera Center, onde fui super bem atendida no supermercado Jumbo. Este supermercado tem prateleiras e prateleiras de vinhos chilenos, separados pelo tipo de uva e tem até um funcionário para ajudar você a encontrar o que quer e a escolher. O bacana é que ele fica com uma calculadora na mão e já vai te falando quanto, em reais, custam as garrafas que você quer. Paguei metade do preço pelos mesmos vinhos que costumo comprar no Brasil. Vale muito a pena! Só tive que tomar cuidado para levar as garrafas de metrô até o meu hostel, mas deu tudo certo.

Não comprei roupas ou outros produtos, mas fiquei encantada com o shopping Costanera Center. Tem uma variedade incrível e lojas conhecidas.

 

Leia mais:

Marcelle Ribeiro: Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.