O que fazer na Serra do Cipó (MG): veja o que é imperdível

O que fazer na Serra do Cipó? Se você está planejando uma viagem para esta região de Minas Gerais e tem dúvidas do que incluir no seu roteiro, saiba que as cachoeiras são as principais atrações do local. Por isso, você não pode deixar de visitá-las. Entre as mais famosas estão Cachoeira Grande, Véu da noiva e Serra Morena. Além disso, existem diversos outros pontos turísticos que você deve conhecer. Veja todas as dicas no índice abaixo:

Quando ir
Como chegar
Principais atrações
O que fazer à noite na Serra do Cipó
Serra do Cipó com chuva
Serra do Cipó no Inverno
Restaurantes na Serra do Cipó
Onde ficar

Cachoeira Grande na Serra do Cipó. Foto: Marcelle Ribeiro.

A maioria das atrações fica no Parque Nacional Serra do Cipó, que atualmente (jan/23) está com entrada gratuita. O local é perfeito para quem gosta de ficar no meio da natureza e oferece diversas opções de trilhas, cânions e atividades para quem curte esportes radicais.

Estive na  região durante quatro dias e foi suficiente para conhecer as principais atrações. Por isso, compartilho com vocês dicas do que fazer na Serra do Cipó. Além disso, você também vai descobrir qual é a melhor época para viajar, os melhores restaurantes e sugestão de onde ficar.

Serra do Cipó: quando ir

Antes de decidir quando ir à Serra do Cipó, é importante conhecer o clima da região. Assim, você consegue evitar as chuvas, que podem acabar atrapalhando o passeio, mas também não pega temperaturas muito baixas. Afinal, é improvável alguém querer tomar banho de cachoeira no frio.

De acordo com o site da Climatempo, os meses com precipitação mais baixa são junho, julho e agosto. Entretanto, apesar de chover menos, a temperatura diminui e faz mais frio, chegando a mínima de 13º. Por outro lado, em novembro, dezembro e janeiro, embora faça mais calor, as chances de chuva são enormes. Assim, a melhor época para visitar a Serra do Cipó costuma ser entre maio e setembro.

Cobertas de cangas para proteger do sol. Foto: Marcelle Ribeiro.

Fui durante o mês de outubro, porque é uma época em que chove pouco. O problema é que o tempo estava super seco e o sol estava de rachar o coco. Resultado: se por um lado a chuva não atrapalhou, por outro, fazer as trilhas foi sofrido, e a gente chegava a cobrir o corpo todo com nossas cangas. Ao primeiro sinal de um riacho minúsculo, eu me jogava e preferia andar com a roupa toda molhada a passar calor.

Serra do Cipó: Como chegar

Para chegar à Serra do Cipó, primeiro, nós voamos do Rio de Janeiro para Belo Horizonte. Lá, preferimos alugar um carro no aeroporto de Confins e ir direto para nosso destino.

Como economizar na passagem aérea

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A distância do aeroporto de Confins até a Serra do Cipó é de 77 km. Esse trajeto, em teoria, pode ser feito em 1h20, segundo o Google. No entanto, pegamos engarrafamento na cidade de Lagoa Santa, por onde somos obrigados a passar. As ruas são estreitas e movimentadinhas. Por isso, levamos de 2h a 2h30min para chegar ao destino.

A vantagem de ir de carro é que tivemos mais liberdade de fazer os passeios pela região, embora as atrações não fossem tão longes do centrinho da Serra do Cipó. Além disso, as estradas eram boas, mesmo quando eram de terra. Optamos por um carro mais alto  e 1.6, mas nem precisava, podia ser 1.0 mesmo.

Alugamos nosso carro pela Rentcars, que é parceira do blog. Aproveite para reservar o seu! Você compara preços de várias locadoras, consegue descontos e ainda colabora com o Viciada em Viajar.

Outra opção de como chegar na Serra do Cipó é indo de ônibus. As empresas Serro e Saritur fazem esse trajeto diariamente, com duração entre 2h30 e 3h. Os preços variam entre R$ 30 e R$ 45 e você pode comprar suas passagens pelo site da ClickBus, que é parceira do blog e sempre oferece descontos.

Cachoeira do Gavião, na Serra do Cipó. Foto: Marcelle Ribeiro.

O que fazer na Serra do Cipó: principais atrações

Boa parte das atrações ficam no Parque Nacional da Serra do Cipó, mas também é possível encontrar atividades fora do parque. A seguir, compartilho algumas dicas do que fazer na Serra do Cipó baseadas na experiência que eu tive na região.

É sempre bom lembrar…

Não custa lembrar que o ideal é fazer trilha com um sapato apropriado, seja um tênis ou uma botinha de trekking. A gente sempre recomenda o site da Amazon para acessórios de vários tipos, entre eles botinhas de trilha e calças legging. E no caso das trilhas descampadas, é uma boa você ir de boné ou viseira.

Cachoeira Véu da Noiva. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cachoeiras na Serra do Cipó

As cachoeiras da Serra do Cipó são um dos destaques da região e você não pode deixar de conhecê-las. Durante uma viagem de 4 dias, tempo em que fiquei por lá, consegui conhecer as principais cachoeiras com tranquilidade. Algumas são pagas, mas também há opções gratuitas para visitar.

A seguir, apresento algumas melhores cachoeiras da Serra do Cipó. Se quiser saber mais detalhes, veja o post específico sobre elas.

  • Cachoeira Grande: é a mais larga da Serra do Cipó, embora a queda d’água não passe de 10 metros. Seu preço é de R$ 30 e o número de visitantes é controlado, então, chegue cedo;
  • Cachoeira da Farofa: essa é super alta e uma das mais bonitas da região. Para chegar, é preciso entrar pelo Parque Nacional. A entrada é gratuita (jan/23);
  • Cachoeira Andorinhas: fica dentro de um cânion de pedras e tem um poço grande, além de bastante espaço para quem quer descansar. Seu acesso também é pelo Parque Nacional;
  • Cachoeira do Gavião: tem menos espaço na beira do poço, mas é uma delícia de lugar. Ela fica a 20 minutos de caminhada da Cachoeira Andorinhas;
  • Cachoeira Véu da Noiva: fica no camping da Associação Cristã dos Moços e é super procurada. O poço é grande e fundo, ideal para dar um bom mergulho. Para passar o dia inteiro no camping, que ainda tem lanchonete e piscina, é preciso pagar R$ 30;
  • Cachoeira da Serra Morena: é composta por um conjunto de 3 quedas d’água e tem fácil acesso. A entrada custa R$ 25.

Cachoeira Grande, na Serra do Cipó. Foto: Marcelle Ribeiro.

A Serra do Cipó tem ainda outras cachoeiras famosas, que eu não tive a oportunidade de conhecer. Se você tiver mais tempo por lá, visite as cachoeiras da Caverna, da Capivara e Congonhas.

Pontos turísticos da Serra do Cipó

Se você quiser outras opções de passeios na Serra do Cipó além das cachoeiras, pode visitar outros pontos turísticos. A região tem diversas outras atrações e eu separei algumas sugestões para você aproveitar.

Estátua do Juquinha

No centro da cidade, está a estátua do Juquinha, uma homenagem a um andarilho que vendia flores para os turistas da região. O homem ficou conhecido por morrer duas vezes, porque acordou no meio do seu velório. A estrutura tem três metros e foi esculpida em argila pela artista plástica Virgínia Ferreira.

Morro da Pedreira

Outro passeio muito comum na Serra do Cipó é visitar o Morro da Pedreira para assistir ao pôr do sol. Para chegar no topo do morro, é preciso fazer uma trilha de 20 minutos. Além disso, o local é muito frequentado por praticantes de rapel e escalada.

Parque Nacional Serra do Cipó

Além de conhecer as cachoeiras, você pode aproveitar para fazer uma excursão de caminhada pelo Parque Nacional Serra do Cipó e conhecer as belezas naturais do local.

Cânion das Bandeirinhas

O Cânion das Bandeirinhas é um passeio completo, que inclui trilhas, cascatas, cachoeiras e piscinas naturais. É uma ótima opção para quem quer ficar em contato com a natureza, além de conhecer paisagens belíssimas.

O que fazer na Serra do Cipó à noite

Não há muito o que fazer na Serra do Cipó à noite. O melhor é conhecer os bares e restaurantes da região. Você pode aproveitar para descansar e relaxar após um dia de muita caminhada.

Petras Bistrô, na Serra do Cipó. Foto: Marcelle Ribeiro.

O que fazer na Serra do Cipó com chuva

Não existem muitas opções do que fazer na Serra do Cipó com chuva. Como todas as atrações ficam em local aberto, a chuva acaba atrapalhando o passeio. Por isso, é importante verificar e evitar os períodos mais chuvosos.

O que fazer na Serra do Cipó no inverno

As opções do que fazer na Serra do Cipó no inverno são as mesmas do verão. A diferença é que as temperaturas são bem mais baixas, chegando a fazer 13º em julho. Como o frio é maior, é improvável que você queira tomar banho de cachoeira nessa época. Por isso, também vale avaliar se você realmente quer viajar durante o inverno.

Restaurantes na Serra do Cipó

Existem diversas opções de restaurantes na Serra do Cipó e comida mineira é tudo na vida! De maneira geral os preços no centrinho não eram muito caros, entre R$ 35 e R$ 45 por pessoa. Entretanto, chegamos a comer pagando bem menos do que isso em restaurantes que eram ok, mas nada demais. Num local de comida a quilo cheguei a pagar R$ 12 pelo meu prato e isso depois de fazer trilha!

Se você tem dúvidas de onde comer na Serra do Cipó, indico os restaurantes que mais gostei:

Petras Bistrô

O Petras Bistrô é muito legal para aquele dia que você quer relaxar num clima mais arrumadinho, com mesinhas na parte externa, velas e ambiente descontraído. O cardápio fica nas paredes e sem o preço, mas relaxe: o garçom é simpático e repete quantas vezes você quiser.

Além disso, tem drinks bem gostosos. Eu comi um raviolli de queijo com molho de tomate (cerca de R$ 35), que estava bom, e o maridão comeu filé ao vinho com arroz a piamontese (por R$ 45) que estava delicioso (ele sempre escolhe melhor que eu! rsrs). A caipirinha custou uns R$ 25.

Petras Bistrô, na Serra do Cipó. Foto: Marcelle Ribeiro.

Tribo do Sol

Já o Tribo do Sol é o restaurante perfeito para matar a fome depois de um dia de sol nas trilhas. Tem todo tipo de grelhado na chapa, que eles colocam na sua mesa. Eu, o maridão e uma prima, fomos de picanha com arroz, feijão tropeiro e fritas. Tudo muito gostoso, especialmente a carne!

Minha irmã e uma amiga comeram um salmão grelhado na chapa com feijão e salada, que também estava com uma cara ótima. O melhor é que você pede a carne/peixe/frango por peso e os garçons indicam quanto é o suficiente por pessoa. Os preços eram bons e até comer peixe não ficava caro (se não me engano, R$ 100g de salmão saía a R$ 12).

Picanha do restaurante Tribo do Sol. Foto: Marcelle Ribeiro.

Além disso, você pode escolher os acompanhamentos do jeito que preferir. Ou seja, a refeição é toda montada ao gosto do freguês. Nós estávamos varados de fome, então pedimos uns 600g de carne para 3 pessoas, o que foi ótimo. Com refri, acho que paguei R$ 40 pela minha refeição.

Panela de Pedra

O Panela de Pedra é um dos maiores restaurantes da Serra do Cipó, localizado num ponto central. O pessoal da minha pousada havia indicado, o Guia 4 Rodas também recomenda e, por isso, eu quis conferir. Fomos para almoçar (na verdade, lá para as 16h, que era a hora que a gente voltava das trilhas).

Pedimos uma carne do sol com feijão, arroz e aipim frito que, segundo o cardápio, dava para 2 pessoas e custava apenas R$ 60. Como desconfiamos por causa do preço, veio pouca comida. Então, pedimos uma porção de carne do sol de petisco para completar. O problema é que a carne chegou quase 1h depois, apesar de o garçom ter dito que seria rápido.

A comida era até gostosa, mas o serviço era muito lento. Uma água demorava uma vida para chegar à mesa e, por isso, não voltaria lá.

Onde ficar na Serra do Cipó

A região do centrinho é uma boa opção de onde ficar na Serra do Cipó. Nós ficamos no Hotel Flor de Pequi e gostamos bastante. Ele está localizado a 5 minutos a pé da rua de maior movimento do centro, onde estão os restaurantes, bares, supermercado e as poucas lojinhas da região.

Hotel Flor de Pequi. Foto: Marcelle Ribeiro.

O quarto era ótimo: espaçoso, limpo, bem decorado e arejado. A cama era confortável. Além disso, o quarto tinha TV (só com canais abertos) e frigobar. O ar-condicionado foi fundamental para os dias quentes que pegamos por lá. O banheiro era limpo e moderno, com chuveiro quentinho.

O café da manhã era bem variado, com sucos, frutas, pão de queijo, bolos, biscoitos, ovos fritos na hora e até pastéis de queijo quentinhos. Tudo muito gostoso. Só não tinha área de lazer propriamente dita, nem jardins bonitões como outros que cogitamos na região, mas não nos fez nenhuma falta. Era tudo muito organizado. Pagamos R$ 597 por 3 noites, preço que considero justo. Recomendo!

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Conclusão

Para concluir, não faltam opções do que fazer na Serra do Cipó. Os passeios pelas cachoeiras são quase obrigatórios, mas você também pode visitar outras atrações da região, além de andar pelas trilhas e conhecer belíssimas paisagens. À noite, aproveite para se deliciar com comida mineira em algum restaurante.

E para você, qual passeio não pode faltar por lá? Conta pra gente nos comentários!

Veja o vídeo sobre as melhores cachoeiras da Serra do Cipó!

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Marcelle Ribeiro: Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.

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