O que fazer em Viena – roteiro de 3 dias de viagem

Quanto tempo é o ideal para conhecer Viena? Meu plano era passar pelo menos 4 dias de viagem em Viena. Mas como um de meus voos mudou, acabei tendo que cortar muito da minha lista de o que fazer em Viena, já que me sobraram menos de 3 dias inteiros. É um tempo curto, mas dá para ver as principais atrações turísticas.

Palácio de Schonbrunn. Foto: Marcelle Ribeiro

Dia 1: começando pelo Centro

Alguns dos pontos turísticos mais famosos de Viena estão no Centro da cidade e você pode conhecê-los a pé e de metrô, em uma tarde. Nosso passeio começou no início da tarde e vimos parte do Complexo Hofburg, que tem museus e palácios. Passamos em frente ao Parlamento, ao prédio da prefeitura, do Teatro e da Universidade de Viena. Além da Catedral de Viena. Neste post aqui eu dou uma sugestão de roteiro a pé pelo Centro de Viena.

Dia 2:

Palácio Schonbrunn

Nosso segundo dia conhecendo as atrações de Viena começou com a visita ao Palácio Schonbrunn. Eu sou louca por um palácio, tenho que confessar. E se o palácio tiver jardins lindos como esse, então…adoro! O local era a residência oficial de verão da família real e tem salões cheios de detalhes no estilo rococó, alguns bem suntuosos. Para ir até lá, tivemos que pegar o metrô, pois o palácio fica um pouco afastado da cidade.

Você pode fazer vários tipos de roteiro no palácio e dependendo do que quiser conhecer, paga um preço.

O Imperial Tour dá direito a ver 22 salas e quartos do palácio, em aproximadamente 35 minutos, com audioguia. Na verdade, você pode até levar mais tempo fazendo a visita, porque ela é com audioguia e não com guia mesmo.

Chafariz no jardim de Schonbrunn. Foto: Marcelle Ribeiro.

O Grand Tour permite ver 40 salas (as mesmas 22 do Imperial Tour mais outras 18) e aposentos imperiais com audioguia, e a visita costuma durar 50 minutos. Quando você compra o Sissi Ticket (combo que dá direito ao Complexo Hofburg, Palácio Schonbrunn e Coleção de Móveis Imperiais), você tem direito a fazer o Grand Tour.

Schonbrunn tem jardins incríveis. Foto: Marcelle Ribeiro.

Tanto o Imperial Tour quanto o Grand Tour dão acesso à maior parte dos jardins do palácio, que são lindos (e são a única atração em que se permite fotografias). Há também outros ingressos que permitem visitar algumas áreas específicas dos jardins, mas não compramos (saiba tudo sobre os ingressos no site oficial, aqui).

Se você prefere comprar os ingressos para o palácio em um site em português, eu indico o Get Your Guide.

Roseiral no jardim de Schonbrunn. Foto: Marcelle Ribeiro.

O palácio abre todos os dias às 8h. O horário em que o palácio fecha varia de acordo com a época do ano. De primeiro de abril a 30 de junho e de primeiro de setembro até 31 de outubro, funciona até às 17h30. De primeiro de julho a 31 de agosto funciona até às 18h30. E de primeiro de novembro a 31 de março, até às 17h. Endereço: Schönbrunner Schlossstrasse 47, Viena. Fica perto da estação de metrô Schloss Schonbrunn.

Visita guiada a uma casa de ópera

Voltamos para o centro de Viena a tempo de fazer a visita guiada à casa de ópera mais famosa da cidade, a Staatsoper, que no dia em que estivemos lá, aconteceria às 14h e às 15h. Comemos um sanduba e fomos para a porta da Staatsoper, para garantir que conseguiríamos ingresso para a visita guiada das 14h.

Chegamos lá às 13h20, se não me engano, e conseguimos as entradas (hoje custam 9 euros por pessoa).  A visita guiada acontece todos os dias em alemão, espanhol e inglês. Se você preferir, pode comprar o ingresso para a visita guiada com antecedência no site da Get your Guide.

Os horários das visitas guiadas variam de acordo com o dia do ano. Você tem que ficar de olho na programação no site, mas eles só disponibilizam o horário com mais ou menos 45 dias de antecedência. Endereço: Goethegasse 1 – 1010 Wien. Perto do metrô Karlsplatz.

A bela fachada da Staatsoper. Foto: Marcelle Ribeiro.

Como é a visita à Staatsoper

A casa de ópera é linda, por fora e por dentro. Na Áustria, há uma forte tradição de música clássica e há casas de ópera espalhadas pela cidade toda. Nós até pensamos em ir assistir a uma apresentação, mesmo não sendo o nosso tipo de música preferido.

Mas para assistir a uma ópera na Staatsoper ou você compra ingressos com bastante antecedência (os mais baratos se esgotam rápido), ou fica horas na fila para conseguir uma vaga na parte do teatro que é destinada ao público que ficará em pé (sem pagar nada por isso).

A gente até podia ter visto uma ópera em outro teatro que não o Staatsoper, mas não me animei. Em Viena, em frente a todos os pontos turísticos há vendedores de ingresso fantasiados oferecendo tíquetes baratos para alguma apresentação na cidade. Mas não sei se os shows são de boa qualidade… Preferi não arriscar.

Um dos muitos lustres lindos da Staatsoper. Foto: Marcelle Ribeiro.

Mas a visita guiada definitivamente vale a pena. O tour dura cerca de 40 minutos e você conhece detalhes das salas onde o público espera o início do espetáculo, estátuas, camarotes, palco, enfim… muita coisa legal.

O palco e os camarotes da Staatsoper. Foto: Marcelle Ribeiro.

Catedral de Santo Estevão e Opera Museum

Após a visita guiada, almoçamos na região e fomos novamente na Catedral de Santo Estevão, pois eu queria  chegar mais perto do altar. É que no dia anterior não conseguimos ver a igreja direito, porque estava tendo missa e eles limitam o acesso a uma parte mínima da nave. Passamos lá rapidinho e tiramos umas fotos.

Fomos então para uma atração que não indico, apesar de sair de graça para quem faz a visita guiada na Staatsoper: o Vienna State Opera Museum. É um micromuseu com uns painéis sobre músicos e artistas de ópera e um punhado de roupas antigas usadas em espetáculos. Ficamos uns 10 minutos lá, no máximo.

Centro cultural de música

Já que a tarde estava sendo dedicada à música clássica, fomos conferir uma atração turística de Viena que prometia interatividade com a música, o museu e centro cultural Haus der Musik.

Ele é interessante, mas acho que fui com muitas expectativas e me frustrei um pouco. A parte interativa explica os sons sob o ponto de vista da ciência (como as ondas sonoras se propagam, frequência, etc) e foi bem chata, além de difícil de entender.

A parte mais legal é um andar onde há várias salas explicando um pouco da vida dos músicos clássicos que nasceram ou viveram na Áustria, como Mozart. Essa parte é legal, mas não é muito interativa. E o visitante tem que ter paciência para ler os textos explicativos.

O ponto alto da visita é a parte em que você brinca de reger uma orquestra. Com uma batuta (vareta) que é sincronizada com um telão através de um computador, o visitante mexe os braços e “rege” os músicos. E se você estiver fazendo muita coisa errada, os músicos reclamam da sua falta de habilidade! Muito engraçado!

Brincando de reger orquestra no Haus der Musik. Foto: Marcelle Ribeiro.

Adultos pagam 13 euros. Crianças, idosos e estudantes de até 27 anos têm desconto. Quem opta por ir perto do horário de fechamento também paga menos.

Veja os preços no site oficial em inglês. Ou compre pelo Get Your Guide, adiantado, sem fila, em português. Horário de funcionamento: Funciona das 10h às 22h. Endereço: Seilerstätte 30, 1010 Vienna. Fica perto das estações do metrô Karlsplatz e Stephansplatz.

Nesse dia, ainda tentamos assistir a uma ópera de graça, mas a chuva nos impediu. É que na primavera, as apresentações que rolam na Staatsoper são transmitidas ao vivo para um telão que fica na fachada da casa de ópera e o público pode assistir do lado de fora, em pé ou sentado no chão e em cadeirinhas. Mas estava chovendo muito e não conseguimos ver.

Dia 3: Palácio de Belvedere

Nosso último dia em Viena, resolvemos ir no Palácio Belvedere, onde está uma das obras de arte mais famosas da Áustria: o quadro “O Beijo”, do pintor Gustav Klimt.

Jardins do Palácio Belvedere, em Viena. Foto: Marcelle Ribeiro.

O palácio pertenceu a um comandante militar que ajudou os austríacos a derrotar os turcos em uma guerra. Na verdade, o Belvedere são dois palácios, o Belvedere Superior e o Belvedere Inferior, interligados por um jardim (que não estava florido quando fomos). O Belvedere Superior é mais interessante, pois além de ver alguns salões suntuosos usados em festas, você pode apreciar várias obras de arte de Klimt e de outros artistas.

Detalhe da fachada do Palácio Belvedere. Foto: Marcelle Ribeiro.

Escultura no jardim do Palácio Belvedere. Foto: Marcelle Ribeiro.

O Belvedere Inferior é usado para abrigar exposições temporárias. Quando fomos lá, vimos uma mostra interessante sobre o uso de ouro em obras de arte e também em prédios de Viena.

Ficamos a manhã toda lá, porque o lugar é grande. Pena que não pudemos tirar fotos lá dentro…

Depois de passar a manhã no Belvedere, só deu tempo de ir almoçar, pegar as malas e ir embora.

O palácio abre todos os dias, das 10h às 18h. Estudantes, idosos e pessoas com o Viena Pass têm desconto. Pessoas de até 18 anos não pagam. Para comprar em português e sem fila, eu recomendo o site Get Your Guide.

Endereço: É mais fácil entrar pelo Belvedere Superior, que fica na Prinz Eugen-Strasse 27, 1030 Vienna. O metrô mais próximo é o Sudbahnhof.

Se você tem mais dias…

Quem tem mais dias pode conhecer Viena com mais calma e conhecer as outras atrações da cidade. Ou fazer um dos vários bate-voltas de 1 dia, como para Bratislava, e para o Vale de Wachau, com direito a degustação de vinho. Veja mais opções de passeios de 1 dia a partir de Viena aqui.

Brastislava, aliás, pode render uma viagem de 2 dias. Veja uma sugestão de roteiro em Bratislava de 2 dias no blog World by 2.

Outra dica é aproveitar e dar uma esticada até Budapeste, na Hungria, país vizinho à Áustria. Veja no blog World by 2 uma sugestão de como aproveitar dois dias na cidade no post Roteiro Hungria Budapeste.

Dica para economizar com ingressos

Dependendo de quais atrações você vai visitar em Viena, pode valer a pena comprar um passe que dá desconto em vários museus e outros pontos turísticos, além de gratuidade no sistema de transporte público ou em ônibus especiais para turistas. Eles valem por vários dias. Encontrei duas opções desses passes que podem ser interessantes:

 

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Marcelle Ribeiro: Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.