Dinheiro no Peru: 12 erros para não cometer na sua viagem

Se você está planejando uma viagem ao Peru, saiba que lidar com dinheiro por lá pode gerar algumas dúvidas. Durante minha visita em agosto de 2024, passei por pelo menos seis cidades diferentes e experimentei várias formas de pagamento – e aprendi bastante no processo. Por isso, neste post, vou te dar dicas sobre dinheiro no Peru e como se planejar.

Para ajudar você a evitar perrengues, vou contar os principais erros que podem acontecer na hora de usar dinheiro no Peru e como evitá-los.

12 erros sobre dinheiro no Peru

1º erro: Não saber quanto vale 1 real no Peru

Aliás, primeiro preciso explicar qual a moeda do Peru. É o Novo Sol. Diz-se que tal coisa custou “tantos soles”. A sigla da moeda é PEN e ela é abreviada como “S/”.

Seguem as cotações do dinheiro peruano (de 20/12/24):

  • R$ 1 = 0,60 soles
  • US$ 1 = 3,74 soles
  • 1 euro = 3,88 soles

Ou seja, a maneira mais prática de pensar é: sempre que você ler um preço em soles, multiplique por 1,5 e dá o valor aproximado em reais.

Nota de 20 soles peruanos. Foto: Marcelle Ribeiro.

2º erro: Não saber qual moeda levar para o Peru

Se você optar por levar dinheiro em espécie, a melhor escolha é levar dólares ou euros para fazer a troca por lá. Levar reais do Brasil pode não ser a melhor opção, porque casas de câmbio que aceitam reais não são tão fáceis de achar, especialmente em cidades menores do Peru.

3º erro: Achar que trocar dinheiro no Peru é difícil

Trocar dinheiro no Peru é bastante simples, já que existem muitas casas de câmbio até mesmo em cidades menores.

Ao chegarmos, trocamos alguns dólares por soles em uma casa de câmbio no setor de desembarque do aeroporto de Lima. Embora a taxa de câmbio em aeroportos geralmente não seja das melhores comparada a outros locais da cidade, preferimos ter pelo menos um pouco da moeda local em mãos por questão de segurança.

Em Cusco, que é uma das cidades mais turísticas, encontramos várias casas de câmbio concentradas no centro, próximas à Plaza Mayor. Algumas, no entanto, não passavam muita confiança, porque eram bem feinhas e também funcionavam como agências de turismo.

Outra opção é fazer câmbio em agências bancárias renomadas. Em Cusco, por exemplo, trocamos dólares por soles em uma agência do banco BBVA porque achamos que as casas de câmbio da área não pareciam muito confiáveis

Ah, e leve dólares em bom estado, porque notas amassadas ou com manchas podem ser recusadas pelos peruanos.

Casa de Câmbio em Cusco, no Peru. Foto: Marcelle Ribeiro.

4º erro: Querer levar soles do Brasil

É difícil comprar soles no Brasil, porque poucas casas de câmbio têm a moeda peruana. E, se você encontrar, a cotação vai ser péssima.

Por isso, a dica é trocar reais por dólares ou euros aqui e, quando chegar ao Peru, fazer a troca por soles. Essa estratégia costuma ser mais vantajosa. Afinal, a moeda do Peru (o novo sol) pode variar bastante em relação ao real e ao dólar.

5º erro: Achar que o Peru aceita outras moedas facilmente

Embora o site oficial de promoção do turismo do Peru afirme que o dólar americano é aceito em muitos lugares, como restaurantes, lojas e hotéis, na prática a coisa não é tão simples. Na maior parte dos locais que visitei, os preços estavam em soles e não vi muito o uso de dólares ou euros no dia a dia.

Cartões globais como o da Wise funcionam super bem (calma, já explico melhor sobre isso). Inclusive, Wise e Nomad são aceitos como qualquer outro cartão de crédito ou débito por lá.

O novo sol é o dinheiro utilizado no Peru. Foto: Marcelle Ribeiro.

6º erro: Levar muito dinheiro para o Peru

Uma dúvida comum é: “quanto dinheiro levar para o Peru?”. Minha dica é evitar carregar muito dinheiro em papel, seja em dólares, euros ou até mesmo na moeda peruana. O país é considerado seguro, mas ainda assim eu sempre evito carregar muito dinheiro comigo em qualquer lugar do mundo.

Na minha viagem, levei a maior parte do dinheiro no cartão Wise, que permite transferências rápidas do meu banco no Brasil. Fui transferindo aos poucos do meu banco brasileiro para o Wise conforme eu precisava (via PIX). E daí pagava as coisas com o cartão Wise no Peru.

Também levei uma quantia em dólares (cerca de 30% do que planejava gastar), como reserva, para o caso de ter algum problema com o cartão da Wise.

Além disso, levei alguns cartões de créditos do Brasil para emergências e também um cartão da Nomad, que funciona como o Wise. Mas só usei o Nomad para sacar soles num caixa eletrônico.

O cartão Wise funciona no Peru tranquilamente. Foto: Marcelle Ribeiro.

7º erro: Achar que usar Nomad ou Wise no Peru vai sair mais caro

Uma coisa sobre dinheiro no Peru que você precisa saber é que o Wise é muito bem aceito de maneira geral e sem custo extra. Ou seja, o valor que você vê nos cardápios dos restaurantes e nas etiquetas das lojas é o mesmo preço que é cobrado pelos comerciantes tanto se você pagar em dinheiro, quanto se pagar com cartão Wise ou Nomad.

Veja aqui como abrir a sua conta Wise sem custo.

8º erro: Não ter dinheiro em papel para pequenas compras

Em Machu Picchu Pueblo, que é uma cidade super pequena e é a “base” para conhecer as ruínas de Machu Picchu, algumas lojinhas de conveniência diziam que não aceitavam cartões (e aqui estou falando em cartões em geral, não só Wise). Ou seja, só aceitavam dinheiro.

Além disso, também precisamos de dinheiro em papel para:

  1. Pagar os guias de turismo que contratamos lá na hora — como foi o caso do guia de Machu Picchu e de Nazca.
  2. Comprar o boleto turístico de Cusco, que é uma espécie de “kit de entradas de atrações turísticas da região”. Eles não aceitavam cartão.
  3. Pagar corridas de táxi em Ica e Huacachina. Por lá, não tem Uber e nos locomovemos o tempo todo de táxi.
  4. Pagar a entrada de alguns museus em Cusco, que só aceitavam dinheiro vivo.

Por isso, tenha sempre soles na carteira.

As ruínas de Machu Picchu, no Peru. Foto: Marcelle Ribeiro.

9º erro: Não saber onde e como sacar dinheiro no Peru

Sacar dinheiro no Peru é fácil, porque até as cidades menores que eu visitei tinham caixas eletrônicos. Basta perguntar por “cajero automático”, que é como se fala “caixa eletrônico” em espanhol.

Nós sacamos dinheiro usando nossos cartões Wise e Nomad, que são cartões multimoedas. Com eles, você pode sacar em caixas eletrônicos de qualquer banco, de dezenas de países.

De qualquer maneira, o ideal é fazer poucos saques, por causa das taxas. Ao sacar dinheiro no exterior, você paga duas taxas: uma do caixa eletrônico e outra do cartão Wise ou Nomad. A Wise dá direito a dois saques gratuitos por mês, de até R$ 1.400. 

No Peru, prefira sacar nos caixas do banco BCP, porque li que eles cobram uma tarifa menor para saques do que caixas eletrônicos de outros bancos. O BCP nos cobrou 36 soles (o equivalente a R$ 59, em dezembro de 2024) pra fazer um saque.

Nós sacamos dinheiro duas vezes durante a viagem. Uma foi num caixa eletrônico do BCP dentro de uma estação rodoviária em Lima. Tentei sacar com o cartão Wise lá, mas não deu certo. Depois, tentei com o cartão Nomad e funcionou de primeira. Além disso, sacamos soles com o cartão Wise num caixa do BCP na cidade de Nazca, sem problemas.

Vimos caixas eletrônicos em várias estações rodoviárias. Porém, não há funcionários dos bancos por perto para ajudar se for preciso.

Plaza Mayor em Cusco, no Peru. Foto: Marcelle Ribeiro.

10º erro: Pagar Uber com cartão de crédito

Nós pegamos muito Uber no Peru, porque não era caro se locomover assim. Você até pode deixar o seu cartão de crédito brasileiro “comum” como a forma de pagamento de Uber no Peru, que as corridas serão cobradas sem problema e sem que você tenha que fazer nada. Porém, cada corrida será cobrada em soles e depois cobrada com o IOF do cartão de crédito (que, em 2024, é de 4,38%).

Ou seja, cada corrida sua de Uber custará 4,38% a mais.

Uma maneira de economizar e não pagar esse IOF é cadastrando o seu cartão Wise ou Nomad no aplicativo da Uber como forma de pagamento. Assim, o valor de cada corrida de Uber será descontado do seu saldo do Wise. Nós fizemos isso e deu super certo.

Depois, quando chegamos no Brasil, trocamos novamente a forma de pagamento no aplicativo da Uber para nosso cartão de crédito brasileiro.

11º erro: Não ter internet no celular

Se você pretende fazer transações bancárias como transferir dinheiro via pix para a Wise ou Nomad, vai precisar de internet no celular. Além disso, pode ser que você precise ter internet para pesquisar onde tem caixa eletrônico perto de você. Por isso, ter conexão é essencial. Contar só com o Wi-Fi do hotel ou do aeroporto pode ser arriscado.

Seguem alguns chips internacionais para celular que já testei em minhas viagens pelo mundo e recomendo:

  • Holafly: 5% de desconto usando nosso link e o cupom VICIADAEMVIAJAR;
  • O Meu Chip: 15% de desconto usando nosso link e o cupom VICIADAEMVIAJAR;
  • Airalo: 10% de desconto usando nosso link e o cupom VICIADAEMVIAJAR;
  • Viaje Conectado: 40% de desconto usando nosso link e cupom ESQUENTA (válido até 30/11);
  • A Casa do Chip: 15% de desconto usando nosso link e o cupom VICIADAEMVIAJAR.

Um chip internacional é essencial para ter internet na viagem. Foto: Freepik

12º erro: Não pesquisar quanto custa viajar para o Peru

Um dos maiores erros que você pode cometer em relação a dinheiro no Peru é não pesquisar, com antecedência, quanto custa viajar para lá. Assim, você se planeja em relação a quanto dinheiro separar. É importante lembrar também que o dinheiro no Peru é um pouquinho mais valorizado que o real brasileiro.

Para saber mais sobre custos com passagem, hotel e etc, em breve vai ter um post específico aqui no blog para te ajudar a se preparar para conhecer o Peru.

Leia Mais:

Marcelle Ribeiro: Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.