O Chile é um dos países que mais quero conhecer na América do Sul. Os vinhos e a boa comida estão entre os motivos que me fazem querer visitar Santiago. Mas, enquanto ainda não consigo ir para lá, fico por aqui curtindo a viagem de quem já foi apreciar terras hermanas. Minha mãe foi em outubro para lá, para curtir o deserto do Atacama, com direito a uma passadinha por Santiago. E, querida como ela é (é a melhor mãe do mundo! ;)), escreveu um relato da viagem para nós. Hoje ela nos conta sobre sua rápida passagem por Santiago a caminho do deserto. Em dois dias ela fez o que mais queria: comeu bem, andou pela cidade e visitou uma vinícola (minha mãe ama vinho!). Com a palavra, Adelia Ribeiro:
“Voamos com milhagem da Gol, num voo que sai do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, às 7h com escala em Guarulhos (São Paulo). Chegamos em Santiago às 14h45 e pegamos um táxi com preço fixo 20.000 pesos. Lá, ficamos hospedados no Hotel Le Reve, um hotel boutique que fica na rua Orrego Luco 023, no bairro da Providencia. Atendimento e acomodações impecáveis, custo por noite 120.000 pesos. Ideal para casais românticos passarem a lua de mel ou comemorar datas especiais.
Como estávamos famintos, resolvemos experimentar o restaurante que fica bem em frente do hotel, El Jardín de Epicuro, um restaurante francês com uma área aberta (naquele dia coberta por causa do frio). Compartimos um aperitivo de polvo com batatas assadas (7.900 pesos) e outro de torradas com chistorra com ovo de codorna (3.800 pesos) ambos deliciosos e que ficaram melhores ainda com um vinho tinto chileno, é claro (vinha Santa Rita – Casa Real – 13.500 pesos).
Saímos do restaurante e entramos no bar do outro lado da rua só pra conhecer e decidir se voltaríamos depois. Era um bar super legal, o “De La Ostia”, um bar de torcedores do Barcelona, cheio de fotos da torcida “fuerza Barça” e gente bem descontraída.
Pra quem não sabe, “De la Ostia”, é uma expressão usada, digo gritada, pelos torcedores quando querem comemorar uma boa jogada (estupendo!). La são servidos aperitivos e uma variedade de cervejas importadas. Não resistimos e pedimos um prato de chistorras e depois outro de calamares a la plancha, acompanhados de um chope pra entrar no clima do local.
No dia seguinte, domingo ensolarado, resolvemos fazer uma caminhada até a BellaVista, bairro que reúne restaurantes, bares, lojinhas de artesanato, galerias de arte e, obviamente, muitos turistas.
No caminho, nos deparamos com um corrida de rua pelas margens do Rio Maipo. Nós, que somos fanáticos por corrida, percebemos que em Santiago eles também fecham uma pista inteira só para corredores e ciclistas.
Na BellaVista, almoçamos em um restaurante típico chileno, o Bar Galindo, que fica na rua Dardignac, 098, na Recoleta. Comemos o famoso e delicioso salmão chileno, com saladas e com purê de batatas apimentadas. Almoço + chope + café saíram a 10.000 pesos por pessoa (bem em conta, comparado com o “estrago” do dia anterior).
Na tarde do mesmo dia compramos, no próprio hotel, com a empresa Turistik, um passeio de quatro horas de duração, para a vinícola Viña Undurraga. Pagamos 29.000 pesos por pessoa.
A Turistik oferece passeios para outras vinícolas também, como a Concha y Toro e Santa Rita, também a 29.000 pesos por pessoa, com duração de quatro horas.
A Undurraga é uma vinícola que fica na cidade de Talagante, na Região Metropolitana de Santiago (o endereço é Camino a Melipilla, Km 34), a uns 45 minutos do shopping Parque Arauco. É menor e menos conhecida que a Concha y Toro, mas é mais técnica. Os guias contam um pouco da história dos fundadores e muito do processo do plantio e colheita das uvas, fermentação e envelhecimento dos vinhos.
Lá, experimentamos quatro tipos de vinho (dois tintos e dois brancos) e depois da “aula”, entendi bem os motivos que levavam o mais caro ser realmente o melhor (fica mais de um ano em barril de carvalho). Mas este melhor (Vinho Primium – Altazor) não fazia parte do tour, é claro! Tive que pagar à parte. Melhor nem dizer quanto paguei…
Na vinícola há ainda uma pequena, mas bem interessante exposição de peças de arte feitas pelos nativos dos Vale do Maipo, os Mapuches, ou “gente de la tierra”.
Já de volta a Santiago, resolvemos experimentar a pizza chilena e um funcionário do hotel nos indicou a pizzaria La Pizza Nostra, na rua da Providencia esquina com rua Pedro de Valdivia, a duas quadras do hotel. Pizza com massa fina, com recheios bastante variados, desde as chistorras a ovo frito (estalado). A nossa foi a da casa (La Pizza Nostra), com peperone, chistorra, pimentões, azeitona e mussarela especial. Cada pizza custa em média 6.500 pesos.
Nesta pizzaria há opções variadas de saladas, sanduíches, massas e sobremesas. Não tem forno a lenha, mas é um lugar bem aconchegante.
No dia seguinte, voamos para o deserto do Atacama pela manhã. Mas isso é papo para o próximo post…”
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