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Cachoeiras na Serra do Cipó (MG): roteiro de 4 dias de viagem

As cachoeiras na Serra do Cipó (MG) são uma das principais atrações do distrito mineiro. O local é famoso pelas diversas quedas d’água, como as cachoeiras Grande e Véu da Noiva, mas também oferece trilhas, cânions e montanhas para escalada.

Antes de mais nada, saiba que a Serra do Cipó é um ótimo destino para um feriado prolongado. Em 4 dias, você conhece lindas cachoeiras, tem um contato incrível com a natureza e volta renovada para casa. Estivemos lá durante um feriado e adoramos! Abaixo, você descobre o que fazer na Serra do Cipó e quais são as melhores cachoeiras do local.

Cachoeira Grande
Cachoeira da Farofa
Andorinhas
Cachoeira do Gavião
Véu da Noiva
Serra Morena
Mais cachoeiras na região
Conclusão

A cachoeira Grande é a mais larga da Serra do Cipó. Foto: Marcelle Ribeiro.

Boa parte das atrações ficam dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó, que atualmente (janeiro de 2023) estão com entrada gratuita.

Já fizemos um post com dicas gerais sobre a Serra do Cipó (quando ir, como chegar, onde ficar e onde comer). Neste texto, vou falar sobre o nosso roteiro por lá. Não fizemos nada correndo e ainda conseguimos aproveitar todas as cachoeiras que visitamos!

Outro detalhe importante é que conseguimos chegar a todos os nossos destinos nessa viagem usando o GPS. A estrada, em grande parte, está em boas condições e é sinalizada.

A dica é alugar carro no aeroporto de Belo Horizonte. Você pode fazer isso usando o portal RentCars. Pelo site, você reserva em grandes e médias locadoras, ganha desconto e ainda ajuda o blog!

As plantas do Cerrado resistem mesmo com pouca chuva. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cachoeira Grande na Serra do Cipó

Saímos do Rio de Janeiro logo no começo da manhã e pegamos um voo para o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. De lá, fomos com nosso carro alugado direto para a Cachoeira Grande, que tem a entrada praticamente na beira da estrada, no Parque Zareia.

Ela tem esse nome porque é a cachoeira mais larga de toda a Serra do Cipó. E é realmente grande. Embora a queda não passe de 10 metros, o conjunto todo tem centenas de metros de comprimento.

A entrada custa R$ 30 e o parque controla o número de visitantes. Apesar de caber bastante gente, é bom chegar cedo para evitar contratempos.

A cachoeira Grande vista de cima. Foto: Marcelle Ribeiro.

Lá dentro, a trilha até a cachoeira tem cerca de 1 quilômetro e é bem tranquila. Você chega na parte alta da cachoeira e depois desce para o poço, que é enorme! A água estava gelada, mas o banho foi ótimo porque estava muito quente.

Uma informação importante: o parque não tem qualquer restaurante. Por isso, é fundamental você levar  comidas e bebidas se quiser passar o dia inteiro por lá. Vale ressaltar que bebidas alcoólicas não são permitidas, assim como acampamentos.

Ficamos lá na Cachoeira Grande por quase duas horas. O Parque Zareia abre todos os dias, das 8h às 18h. Para saber mais informações, você pode ligar para o telefone (31) 3718-7044.

Aproveitando uma das quedas da cachoeira Grande. Foto: Maridão.

Cachoeira da Farofa na Serra do Cipó

No segundo dia de viagem, conhecemos a Cachoeira da Farofa, que é super alta e, na minha opinião, uma das mais bonitas de toda a região.

A queda é enorme e tem um poço grande de água gelada, mas super convidativa! Para completar, a vegetação cerca grande parte da pedra e deixa o visual ainda mais bonito.

Para chegar lá, é preciso entrar no Parque Nacional da Serra do Cipó pela portaria Areias e percorrer uma trilha de 16 quilômetros (8 km para ir e mais 8 km para voltar). O trajeto todo demora umas 4 horas e não é íngreme, mas é preciso estar preparado.

Enfrentamos um calor de rachar e, em vários momentos, além dos bonés, usamos cangas para proteger os ombros e as costas do sol porque são poucas áreas de sombra. Além disso, paramos em alguns rios para nos refrescarmos. Se você preferir, também pode fazer o trajeto de bicicleta.

De maneira geral, o visual da trilha é incrível, com um cerrado lindo e cheio de vida! Aproveitamos para tirar fotos durante toda a caminhada.

No Parque Nacional da Serra do Cipó há estacionamento, banheiro e bebedouro.

A cachoeira da Farofa é deslumbrante! Foto: Marcelle Ribeiro.

Cachoeira Andorinhas

Continuando a nossa aventura pelas cachoeiras na Serra do Cipó, tivemos mais um dia no Parque Nacional. Dessa vez, para conhecer as cachoeiras do Gavião e Andorinhas.

Para chegar nessas duas cachoeiras, você deve entrar por outro acesso ao Parque: a Portaria do Retiro. De lá, são 7 quilômetros até as quedas d’água em um trajeto quase sempre plano e, novamente, com pouca sombra e muito calor! Para percorrer toda essa distância é preciso caminhar por umas 4 horas.

A primeira cachoeira que visitamos foi a Andorinhas, que fica dentro de um cânion de pedras. Por conta da falta de sinalização, tivemos dificuldade para encontrar o caminho certo até lá. Além disso, o final da trilha também pode ser mais complicado para pessoas com problemas de locomoção por causa das pedras, mas vale a pena porque a cachoeira é linda!

Ela tem um poço grande e bastante espaço nas pedras para quem quiser descansar. A água é gelada, mas ótima para um banho depois de uma longa caminhada. Os mais corajosos também podem subir as pedras para ver o parque lá de cima, mas não tivemos disposição para isso. Preferimos ficar tomando banho e descansando lá embaixo mesmo.

A cachoeira Andorinhas fica dentro de um cânion. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cachoeira do Gavião

Ficamos pouco mais de 1 hora nas Andorinhas e, logo após, voltamos para a trilha para conhecer a Cachoeira do Gavião. É outra delícia de lugar, mas com menos espaço na beira do poço, que também é menor. De uma cachoeira para outra, a caminhada é de uns 20 minutos.

Depois de uma hora, fizemos o trajeto de volta até o carro. Sem dúvidas, também é fundamental levar muita água para esse passeio, porque o calor é intenso!

Cachoeira do Gavião fica dentro do Parque Nacional. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cachoeira Véu da Noiva na Serra do Cipó

Para encerrar nossa viagem pelas cachoeiras na Serra do Cipó, visitamos mais duas atrações. Começamos o dia na Cachoeira Véu da Noiva, que fica no camping da Associação Cristã dos Moços. Como ela é super procurada, chegamos cedo, por volta de 9h.

Por estar localizada em um camping e ter uma trilha minúscula, a cachoeira fica cheia… Tinha gente com isopor fazendo farofa (literalmente), som…

A maior dificuldade para chegar é enfrentar algumas escadas, mas nada complicado.

Além disso, ela tem pouco espaço no entorno do poço, que é grande e fundo. Muita gente aproveita para dar aquele mergulho caprichado!

Como fomos bem cedo, pegamos a água fria e o sol ainda não estava batendo no poço. Tivemos coragem de mergulhar, mas ficamos pouco tempo… Embora a queda d’água seja alta, com quase 120 metros, não é muito forte.

O camping tem boa estrutura, com lanchonete, restaurante e piscina. O ingresso que permite passar o dia inteiro lá custa R$ 30. Quem quer ficar apenas por 1h paga R$ 12. O acesso à cachoeira abre das 8h às 16h.

Véu de Noiva é alta, mas tem queda d’água fraca. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cachoeira da Serra Morena na Serra do Cipó

Para fechar com chave de ouro nossa viagem às cachoeiras na Serra do Cipó, fomos conhecer Cachoeira da Serra Morena 2.

Ela faz parte de um conjunto de 3 quedas d’água e foi a única que visitamos. Já estávamos cansados de tanta caminhada nos outros dias e preferimos conhecer apenas esta, considerada a mais bonita de todas.

A cachoeira tem fácil acesso, com uma trilha curta (cerca de 15 minutos). No entanto, a maior dificuldade é descer uma escada desenhada no morro, principalmente por causa do vai e vem de pessoas doidas para mergulhar naquele paraíso!

Uma das “hidromassagens” da Serra Morena 2. Foto: Marcelle Ribeiro.

A queda d’água tem 40 metros e um poço delicioso, com outras pequenas quedas que acabam até fazendo uma massagem em você. Ou seja: uma delícia!

A beira do poço tem bastante espaço e algumas áreas com sombra, que são fundamentais para encarar o calor!

A cachoeira Serra Morena 2 fica dentro de uma fazenda e a entrada custa R$ 25. Lá dentro tem restaurante, banheiros e estacionamento.

Depois desse último banho, nem passamos no nosso hotel mais e já voltamos para o aeroporto de Confins. Aliás, pra escolher o melhor hotel para você na Serra do Cipó, recomendo dar uma olhada no Booking.

Em resumo: a viagem foi incrível!!

Mais cachoeiras na Serra do Cipó

Quem tem mais dias para conhecer a região, pode aproveitar outras cachoeiras na Serra do Cipó. Algumas opções são a Cachoeira da Caverna, que deságua no Rio Cipó, a Cachoeira da Capivara, que tem as quedas d’água super altas, e a Cachoeira Congonhas, que também faz parte do Parque Nacional da Serra do Cipó e tem entrada gratuita.

Além disso, você pode dar uma esticada até a cidade de Conceição do Mato Dentro, que fica perto da Serra do Cipó. Lá, a principal atração é a Cachoeira do Tabuleiro, que as meninas do blog Chicas Lokas conheceram. Eu não fui por falta de tempo e de perna! 😉

Conclusão

Em conclusão, existem diversas cachoeiras na Serra do Cipó para conhecer. A região tem grande riqueza natural e é perfeita para quem quer admirar belas paisagens. Além das cachoeiras, rios e lagos, você pode aproveitar para visitar grutas e cavernas ou fazer esportes de aventura, como rapel e rafting.

Na internet, você encontra alguns mapas com as cachoeiras da Serra do Cipó que podem te ajudar durante o passeio. Assim, você garante que não vai deixar de visitar nenhuma atração.

E você, tem dicas de quais são as melhores cachoeiras na Serra do Cipó? Escreve para a gente nos comentários!

Assista ao vídeo sobre as cachoeiras da Serra do Cipó!

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Publicado por Marcelle Ribeiro

Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.