Veja 10 cachoeiras em Paraty (RJ) com trilha fácil

Paraty (RJ) tem muito mais do que praia e centro histórico. Existem várias cachoeiras em Paraty que valem a pena. Só o site da prefeitura de Paraty lista 11, mas conversando com guias de turismo de lá, dá pra perceber que são mais. Eu contei 19, mas não duvido que existam mais.

Quem vai sem carro e tem que contratar um passeio de jipe consegue conhecer algumas poucas, que pelo movimento de jipes, acabam sendo justamente as mais cheias. Muitas das cachoeiras em Paraty podem ser acessadas de carro comum (idealmente um carro mais alto) e andando pouco. Mas tem cachoeiras em Paraty onde só se chega depois de uma trilha puxada.

E quais as melhores cachoeiras em Paraty? Nós conhecemos 10 cachoeiras nas várias vezes em que estivemos na cidade. Todas de nível fácil ou médio. Mas, de qualquer maneira, deixo as dicas das cachoeiras que requerem trilhas mais difíceis pra vocês ao final. Entre elas estão algumas muito bonitas.

Cachoeiras em Paraty na Estrada Paraty – Cunha

1 – Cachoeira do Tobogã

As duas cachoeiras de Paraty mais famosas são as do Tobogã e a do Tarzan, que fazem parte do roteiro dos jipes. Para chegar lá, você pega a Estrada Paraty – Cunha até o Km 7,8 e para num estacionamento perto de uma igrejinha, a Igreja da Penha, em frente ao Engenho D’Ouro. Carro comum sobe sem problema e não há necessidade de ir com guia. Ali você paga R$ 5 por pessoa.

Daí começa uma trilha de 5 minutos, bem leve e já chega na cachoeira. Da cachoeira do Tobogã, a galera escorrega do alto e aterrissa em uma piscina natural. Na parte de cima da cachoeira tem outro poço pra banho. A água, obviamente, é gelada.

Cachoeira do Tobogã. Foto: Marcelle Ribeiro.

2 – Poço do Tarzan

Caminhando 5 minutos por uma trilha leve a partir da Cachoeira do Tobogã, você chega ao Poço do Tarzan, também famoso, mas menos frequentado. Do lado dele tem um bar que serve algumas comidas. O endereço é o mesmo: Estrada Paraty-Cunha, Km 7,8, ao lado da Igreja do Penha. Para entrar lá, você paga R$ 5 (que dá acesso ao cachoeira do Tobogã também). Também não é necessário guia.

Poço do Tarzan. Foto: Marcelle Ribeiro.

3 – Cachoeira da Usina

Outra cachoeira que tem na Estrada Paraty – Cunha, mas no Km 3,5 à direita após a ponte, é a Cachoeira da Usina, onde se chega em 5 minutos de caminhada. A entrada custa R$ 8. A estrada até lá é de terra, melhor ir de carro alto. É um lugar onde as pessoas vão mais para fotografar do que pra se banhar.

Cachoeira da Usina. Foto: Marcelle Ribeiro.

4 – Cachoeira da Pedra Branca

No mesmo terreno que a Cachoeira da Usina fica a Cachoeira da Pedra Branca: na Estrada Paraty-Cunha, com acesso no Km 3,5 à direita após a ponte. É melhor ir de carro alto, porque esse trecho da estrada é bem ruinzinho, especialmente quando chove. Você chega a ela depois de 5 minutos de caminhada a partir da cachoeira da Usina (15 minutos do estacionamento), e tem uma escadinha um pouco escorregadia (mas com corrimão).

Essa é uma das cachoeiras em Paraty que são ótimas pra banho.

Cachoeira da Pedra Branca. Foto: Ticianne Ribeiro.

5 – Cachoeira das Sete Quedas

Dentre as cachoeiras de Paraty em que eu estive, a das Sete Quedas certamente é a mais bonita. Ela fica num sítio em que se paga R$ 6 para entrar. Do estacionamento você caminha uns 200 metros de trilha leve e chega numa área em que o proprietário represou uma parte da água numa piscina meio artificial e fez um lindo jardim em volta, com coqueiros e mesinhas de cimento bem espaçadas entre si. Ali eles servem petiscos e bebidas.

Esta piscina, apesar de ter sido obra de intervenção humana, é bem bonita e dá pra tomar banho. A profundidade mínima é de 1,5m.

Parte represada da cachoeira da Sete Quedas. Foto: Maridão.

Ao lado desta piscina fica a cachoeira mesmo, que é linda! A água escorre pela pedra em vários degraus (deve vir daí o nome “sete quedas”). Dá para ficar debaixo da queda principal e tomar banho em pequenos poços que se formam ali.

A Cachoeira das Sete Quedas fica uns 4 Km depois da Cachoeira da Pedra Branca, com acesso na Estrada Paraty- Cunha. Porém, depois da entrada para a Cachoeira da Pedra Branca a estrada, que já não é boa, fica pior. O ideal é ir de 4×4. Nós fomos num carro 4×2 mesmo, mas bem alto e numa semana em que não choveu. Como chuva dizem que a estrada é bem pior.

Cachoeira das Sete Quedas. Foto: Marcelle Ribeiro.

6 – Poço da Jamaica

Um lugar onde não tem placa pra chegar, mas que é point dos moradores: esse é o Poço da Jamaica, uma das melhores cachoeiras em Paraty para banho. Amei! Muito lindo! Além disso, é grátis e a trilha até lá é fácil, dura 10 minutos e é super plana.

Dá para chegar de carro 1.0 sem nenhuma dificuldade, pois basta pegar a Estrada Party-Cunha (asfaltada) e logo após a Pousada Curió, pare bem depois da bifurcação à esquerda. Estacione num pequeno recuo da estrada. A entrada para a trilha é numa abertura pequena na cerca e não tem placa. Chegando na cachoeira, a maneira mais fácil de acessar o poço é indo bem à esquerda na trilha e passando por baixo de uma rocha que fica na água. Entre com água na altura da coxa.

São dois poços deliciosos para banho na Jamaica.

Poço da parte de cima da Jamaica. Foto: Marcelle Ribeiro.

Poço de baixo da Jamaica. Foto: Maridão.

Cachoeiras em Paraty no caminho para Angra dos Reis

7 – Cachoeira do Crepúsculo

Já em outra região da cidade, no caminho para Angra dos Reis (Rio Santos), no bairro do Taquari (ou Sertão do Taquari) fica a Cachoeira do Crepúsculo, onde foi gravado o filme Crepúsculo. Também é uma das mais bonitas em que estive e tem poço pra banho.

Para chegar até lá pegue a Estrada Rio Santos, Km 551, até o bairro de Taquari. A estrada até ela é tranquila e plana, carros 1.0 chegam sem problemas. Estacionamos na rua mesmo, perto de algumas casas e fomos seguindo as placas para a cachoeira. Primeiro passamos por uma ponte suspensa. Em seguida, viramos à direita e fomos seguindo as placas. Num trecho havia uma segunda ponte suspensa, mas ela desabou, então tivemos que ir pelo riacho, com água num nível que mal cobria os pés.

A trilha, que dura 30 minutos só de ida, é plana e fácil. Porém, fomos num dia de semana meio chuvoso e ela estava  bem deserta. Tão deserta que me arrependi de não ter ido com um guia para me sentir mais segura. A entrada é grátis.

Cachoeira do Crepúsculo. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cachoeira do Crepúsculo. Foto: Marcelle Ribeiro.

8 – Cachoeira da Graúna

Outra cachoeira mais visitada por moradores, a da Graúna é bem bonita, mas recomendo ir fora de feriados ou finais de semana. Fomos num domingão de sol de janeiro e ela estava cheia.

A Cachoeira da Graúna tem acesso a partir da BR-101 (Rodovia Rio – Santos, sentido Angra), no Km 558, onde você pega a Estrada da Graúna. É uma via asfaltada quase até a chegada à cachoeira. Carro 1.0 chega sem problemas. A entrada é grátis, mas dê um trocado para o morador que tem casa no início da trilha.

A trilha dura 15 minutos e é fácil, apesar de ter alguns trechos de subida. Não tem placas, e na única bifurcação, pegamos a direita, como todo mundo que vimos. Daí chegamos num trecho em que vimos um poção lá embaixo, sem ninguém. E uns pocinhos pequenos e outro poção mais acima. A galera estava concentrada nesse poção de cima, mas dá pra tomar banho nos pocinhos também.

Poço de baixo da Cachoeira da Graúna. Foto: Marcelle Ribeiro.

Poço de cima da Cachoeira da Graúna. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cachoeiras em Paraty no Couriscão / Courisco

9 – Poço da Laje

Essa é uma das melhores cachoeiras em Paraty para quem tem crianças pequenas, porque o poço pra banho, apesar de ser enorme, é bem rasinho e plano. Ele teve intervenção humana, mas é gostoso pra banho. Tem uma pequena área onde dá pra ficar sentado.

Acho que nós éramos os únicos turistas por lá, já que o Poço da Laje é praticamente frequentado apenas por moradores. O acesso é super fácil! Pegue a Estrada do Corisco, km 5,6, no bairro do Courisco ou Couriscão. Vire à direita na bifurcação e siga mais 2,6 km, sempre à esquerda. Nós colocamos no GPS e achamos sem problemas. Do estacionamento (na rua, grátis) até o poço a trilha tem 50 metros, ladeirinha abaixo. A entrada é grátis.

Poço da Laje. Foto: Marcelle Ribeiro.

10 – Poço das Andorinhas

Duzentos metros depois do Poço da Laje, fica o Poço das Andorinhas, que foi um dos nossos preferidos em Paraty. É um poço menor, mas com bem menos gente. E achei mais gostoso pra banho. A água fica na altura da cintura e tem umas pedras onde dá para sentar e fazer uma “hidromassagem”. Há uma pequena área de pedras pra sentar, mas na sombra. A entrada é grátis.

Dirija pela estrada do Corisco / Couriscão até Km 5,6. Vire à direita na bifurcação e siga por mais 2,6 km, sempre à esquerda. Nosso GPS achou sem problemas e ainda vimos placas no caminho. Estacione no acostamento da estrada. Dali, basta descer pela trilha por uns 100 metros. É bem fácil. Não sei se tem como ir do Poço da Laje ao Poço das Andorinhas por trilha.

Poço das Andorinhas. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cachoeiras em Paraty que não visitei:

A seguir, algumas cachoeiras em Paraty que não consegui visitar ainda:

  • Cachoeira do Iriri – Fica numa tribo indígena.
  • Saco Bravo – É uma cachoeira em Paraty de frente para o mar. Fica na Praia da Ponta Negra, e só é acessada com uma trilha difícil.
  • Cachoeira da Graúna – Também fica numa tribo indígena.
  • Poço dos Ingleses – Fica na Estrada Paraty-Cunha, mas li muitos relatos de que assaltos são comuns lá.
  • Cachoeira do Melância – Só se chega a partir de trilha difícil.
  • Cachoeira da Araponga / Forquilha – Fica em tribo indígena.
  • Pedra que Engole – Fica na Praia do Meio, em Trindade.
  • Cachoeira da Praia Grande de Cajaíba – Para acessá-la é preciso ir de barco, por cerca de 1h30, a partir de Paraty Mirim ou do Cais do Centro Histórico.
  • Cachoeira de Martim de Sá – Fica na Praia Martim de Sá.

Conclusão sobre as cachoeiras em Paraty

Em conclusão, há muitas cachoeiras em Paraty que valem a visita, principalmente a da Sete Quedas, das Andorinhas e a do Crepúsculo, que foram minhas preferidas. E você, já foi a alguma cachoeira na cidade?

Assista abaixo um vídeo sobre cachoeiras em Paraty!

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Marcelle Ribeiro: Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.