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Roteiro em Belém (PA): Dicas essenciais para 3 dias de viagem

Caminhar entre dezenas de garças e aves coloridas. Ver igrejas centenárias e coloridas e o teatro onde os barões da borracha se divertiam. Entender como uma procissão católica pode parar por dias uma capital. Provar delícias exóticas sem ter que ir para a Tailândia. Tudo isso você pode aproveitar em um roteiro em Belém, capital do Pará.

Sem dúvidas, o Norte do país tem outro ritmo, outro clima e uma cultura muito diferente das outras regiões do Brasil. Em resumo, quer uma viagem fora do que está acostumado? Vá ao Norte. Mas vá pronto para experimentar: a comida é parte essencial da viagem, já que se você ficar com medinho de provar, não vai ter graça. Confira o índice sobre o que fazer em Belém e como organizar uma viagem para lá:

Melhor época para ir a Belém do Pará
Como ir para Belém do Pará
Quantos dias ficar
Roteiro Belém do Pará – 3 dias
O que eu faria diferente no meu roteiro para Belém
Roteiro Belém do Pará – 4 dias ou mais
Mapa de Belém
Transporte em Belém: como se locomover sozinha

Mangal das Garças. Foto: Marcelle Ribeiro.

Melhor época para ir a Belém do Pará

Que Belém é uma cidade com temperaturas altas você já deve ter ouvido falar, mas saiba que é assim em todos os meses. Segundo a média dos últimos 30 anos calculada pelo Climatempo, a temperatura varia de 22 a 35 graus quase todos os dias do ano.

Tente evitar a estação chuvosa, que vai de dezembro a maio. Mas saiba que provavelmente vai chover pelo menos um pouquinho na sua viagem, pois isso é comum mesmo na estação “seca”, principalmente no início da tarde e da noite.

Antes de mais nada, é bacana lembrar que você pode conferir as médias de temperatura e de índice de chuva mês a mês na cidade para planejar seu roteiro por Belém. As informações estão no site Climatempo e são super confiáveis, com base em uma série de dados de 30 anos.

Minha experiência conhecendo Belém

Quando estive lá, no final de  um mês de novembro, me espantei com o ventinho que fez em alguns dias, bem agradável. É curioso: em um determinado momento, você sua como um condenado, mas no resto do tempo é OK. Para lidar com a temperatura alta, a melhor solução é bem simples: se programar para dar uma passada no hotel para um banho refrescante ou estar em um local com um bom ar-condicionado naqueles momentos de calor mais intenso.

Para exemplificar, no final de novembro, quando foi minha viagem para Belém, o calor é insuportável das 12h às 15h. Sabe aquela piada de que se você quebrar um ovo no asfalto ele frita? Deve fritar mesmo. E olha que sou baiana e moro no Rio de Janeiro.

Vai por mim: nesse período da tarde você vai querer tomar um banho, ou estar em um ambiente refrigerado (não precisa ser o hotel, mas pode ser um museu, um restaurante…). Se seu hotel tiver piscina, melhor ainda. Então, conte com essa pausa estratégica ao montar seu roteiro em Belém.

Leia também: Onde Ficar em Belém do Pará? Dicas de pousadas e hotéis

Como ir para Belém

Você pode chegar a Belém do Pará pelo Aeroporto Internacional Val-de-Cans – Júlio Cezar Ribeiro. Do aeroporto para a cidade de Belém a distância é de 8 km, aproximadamente 20 minutos de carro com trânsito bom. Os voos saindo do Rio de Janeiro e São Paulo para a capital paraense duram aproximadamente 3h30.

Quantos dias ficar em Belém?

Em 2 dias você vê as principais atrações. Com 3 dias você consegue fazer um passeio para as redondezas. Com 5 ou 6 dias você consegue visitar a ilha de Marajó, a 2h30 de lá.

Roteiro Belém do Pará – 3 dias

Passei três dias na capital do Pará no final de um mês de novembro, em mais uma viagem que fiz sozinha (veja aqui 11 dicas de viagem para mulheres que querem viajar sozinhas). O contato com a natureza, com a devoção dos paraenses e com a gastronomia foram os pontos altos da viagem para Belém.

Enfim, daria para ter conhecido quase tudo que conheci em dois dias, mas eu quis fazer os trajetos com calma. Essa foi uma ótima escolha para meu roteiro por Belém. De fato, quis me divertir conhecendo Belém e poder curtir as refeições sem pressa. Além disso, um bônus especial do meu roteiro em Belém: me dei ao direito de estar em um lugar agradável nas horas de maior calor.

Sem dúvida, a questão “sensação térmica” influencia no ritmo dos passeios e no roteiro. Então, leve em conta esse fator quando for planejar a sua viagem.

Vamos às minhas dicas de Belém do Pará!

O meu roteiro em Belém do Pará resumido foi esse abaixo. Se você quiser ver mais detalhes sobre cada atração, leia o post “O Que Fazer em Belém: 15 atrações e passeios“.

Roteiro Belém – Dia 1

Pela manhã, caminhada do hotel até o Mercado Ver-o-Peso para conhecer o famoso ponto turístico.

Depois, caminhei e conheci por dentro o Museu do Círio, a Catedral de Belém, o Forte do Presépio, a Casa das 11 janelas com sua bela vista para o rio, e o Museu de Arte Sacra. Todas essas atrações ficam na mesma praça, chamada Feliz Luzitânia.

Aliás, o Museu do Círio é fundamental para entender melhor esse fenômeno. Afinal, o Círio de Nazaré não é apenas uma manifestação católica super importante, como também se mantém como a principal festividade de Belém.

Tudo isso eu fiz sem nenhuma pressa, porque as atrações são pequenas mesmo.

Na sequência, peguei um táxi para o restaurante Point do Açaí, onde almocei. (Veja também: Melhores restaurantes de Belém (PA): 8 dicas de onde comer)

Em seguida, peguei um táxi para o parque Mangal das Garças. Depois, apesar de ser perto, peguei outro táxi para comer salgadinhos na lanchonete Portinha (uma delícia), porque me disseram que não era seguro ir caminhando até lá. À noite, após banho no hotel, fui jantar na Estação das Docas.

Fica a dica: a estação é um local bem agradável na beira do rio, com restaurantes, quiosques e lojas. Antigamente, a construção fazia parte do Porto de Belém, mas virou um complexo turístico da capital paraense. Em resumo, a vista para o rio e a música ao vivo são outros pontos positivos que deixam esse point como uma parada obrigatória da sua viagem a Belém.

Museu do Círio. Foto: Marcelle Ribeiro.

Catedral de Belém. Foto: Marcelle Ribeiro.

Mangal das Garças, em Belém. Foto: Marcelle Ribeiro.

Roteiro Belém – Dia 2

Pela manhã do segundo dia de viagem para Belém, a primeira atividade foi a visita guiada ao Teatro da Paz. Em seguida, fui a pé até o Museu Emílio Goeldi. Apesar do nome, o ponto turístico, na verdade, é um misto de jardim zoológico com jardim botânico.

Logo depois, dei uma passada rápida para ver a fachada da Basílica de Nazaré. Após isso, tomei um refrescante banho no hotel seguido de um almoço tardio no delicioso restaurante Lá em Casa, na Estação das Docas.

Na sequência, fiz uma caminhada para conhecer as lojas da Estação das Docas. Aí chegou a hora de fazer um passeio de barco no fim da tarde na baía de Belém, pela Baía do Guajará e Rio Guamá, com direito a show de danças típicas na embarcação. Foi bem interessante e divertido. Nesse dia, escolhi jantar na Estação das Docas novamente.

Teatro da Paz. Foto: Marcelle Ribeiro.

Museu Emílio Goeldi. Foto: Marcelle Ribeiro

Barco na baía de Belém. Foto: Marcelle Ribeiro.

Roteiro Belém – Dia 3

No meu terceiro dia, a manhã foi dedicada ao Jardim Botânico da Amazônia – Bosque Rodrigues Alves, que fica ao lado da principal atração do dia, o restaurante Remanso do Bosque. Achei o parque mal cuidado, só vale se você tiver que fazer hora mesmo.

Após o almoço dos deuses, descansei no hotel, fiz uma pré-arrumação de malas e tomei banho.

No fim de tarde, fiz uma caminhada até a melhor barraca de tacacá para provar a iguaria e, após isso, visitei o interior da Basílica de Nazaré. A igreja é muito linda. Depois, o último percurso a pé foi uma caminhada até uma lanchonete.

Por fim, dormi bem cedo (19h), pois no dia seguinte o meu voo saia às 4h30. (Confira as atrações detalhadas neste post)

Bosque Rodrigues Alves. Foto: Marcelle Ribeiro.

Basílica de Nazaré. Foto: Marcelle Ribeiro.

Em comum a todos os dias da viagem a Belém, está o fato de que me permiti acordar “tarde” (9h) todos os dias, para poder descansar. Além disso, em quase todos os dias dei uma passada no hotel para tomar um banho no meio do dia, o que foi fundamental.

Roteiro Belém do Pará – O que eu faria diferente

Passeios

Se eu tivesse mais grana, teria feito um passeio de barco que leva à ilha de Combu em frente a Belém, para caminhar na mata, ver o seringal e um morador mostrando como se colhe açaí. Achei o passeio caro (cerca de R$ 150 em 2015, já com transfer ida e volta do hotel). Além disso, fiquei com medo de ser “pegadinha para turista” (ou seja, ser tudo meio fake, mais para “turista ver”). Enfim, na dúvida e sem grana de sobra, preferi não fazer.

Sei que dá para ir à ilha de Combu em barcos baratinhos e populares, porém, eu estava mais interessada na interação com a natureza e a cultura que acho que o passeio deve proporcionar.

Por outro lado, se eu soubesse que o Bosque Rodrigues Alves era meio sem graça, teria feito o passeio de barco que citei acima ao invés de ir ao bosque no meu terceiro dia de viagem. Fica a dica para quando você planejar seu roteiro a Belém!

Além disso, se eu tivesse ido entre os meses de fevereiro e agosto, teria madrugado para fazer o passeio de barco à ilha dos Papagaios, onde centenas dessas aves podem ser admiradas pelos turistas em seu habitat natural. Várias agências de viagem da cidade oferecem o passeio, que costuma custar cerca de R$ 150 (preço de 2015). Fiquei bastante curiosa, pois dizem que a experiência é única.

Restaurantes

Se eu tivesse ido acompanhada, teria ido almoçar no restaurante Saldosa Maloca, que fica na ilha do Combu, perto de Belém, ou ao Terra do Meio, em Marituba, a meia hora de táxi da capital. De fato, achei que não valia perder horas da minha viagem para almoçar sozinha em dois restaurantes rústicos. Mais uma vez, esse é um ponto que super poderia ser alterado no roteiro por Belém.

Por fim, também teria ido ao bar Meu Garoto, no Centro de Belém.

Opção cultural

Se eu tivesse ido em outra época do ano, teria assistido a um espetáculo de ópera no Teatro da Paz. Vou explicar: na minha viagem a Belém, a apresentação que estava em cartaz era de um grupo regional que não me atraiu. Uma pena!

Roteiro Belém do Pará – Com 4 dias ou mais

Se eu tivesse mais tempo  no meu roteiro em Belém, teria conhecido a Ilha de Marajó, que fica a 2 horas de catamarã da capital paraense (ou a 3 horas de barco tradicional). Chegar lá exige não apenas barco, como também uma corrida de táxi meio cara.

Além disso, os passeios demandam tempo e uma certa graninha. Leia o que fazer na Ilha de Marajó no blog Viajei Bonito.

Outra dica é fazer como a Débora, do blog O Diário de uma Viajante e ir para Salinas (ou Salinópolis), que fica a 215 Km (ou 3h30) de carro.

Mapa de Belém

Para você se localizar e organizar melhor seu roteiro em Belém, segue um mapa das atrações que citei aqui no blog.

Transporte em Belém: como se locomover sozinha

Eu viajei a Belém sozinha e no meu primeiro dia, uma sexta-feira (dia útil) fui andando do hotel até o Mercado Ver-o-Peso e às atrações da região central, como Forte do Presépio, Catedral e Museu do Círio. Seja como for, achei essa região não muito amigável, com comércio bem popular, ambulantes, sujeira e moradores de rua.

Depois, quando perguntei a moradores como ir do Forte do Presépio até o Mangal das Garças, me sugeriram ir de táxi, apesar de ser um trajeto que eu poderia fazer em 15 minutos andando. Me disseram que era mais seguro. Assim fiz.

Aliás, quando comentei com taxista que havia andado do hotel até o Ver-o-Peso, ele fez cara de espanto, dizendo não ser seguro. Não sei se era implicância dele, mas confesso que fiquei meio cabreira. Por isso, passei a pegar táxi nos meus deslocamentos à noite, mesmo para curtas distâncias.

Já na região de Nazaré andei a pé e me senti segura, durante o dia e à tarde.

Por fim, não experimentei usar ônibus, então não tenho detalhes sobre essa alternativa.

Leia também:

• O que fazer em Belém do Pará: dicas de 15 atrações e passeios
• Melhores restaurantes de Belém (PA): 8 dicas de onde comer
• Onde Ficar em Belém do Pará? Dicas de pousadas e hotéis
• 8 dicas para uma viagem à Amazônia
• Índice de posts sobre Belém (PA)

Publicado por Marcelle Ribeiro

Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.