Atacama (Chile): Dicas de transporte, hospedagem e restaurantes

Minha mãe continua presenteando os leitores aqui do blog com mais um relato sobre sua viagem ao Chile, feita em outubro desse ano, e dessa vez dá dicas de San Pedro de Atacama, onde passou quase uma semana. Se você está curioso pelas sugestões de passeios, te peço um pouquinho de paciência, porque a série de posts começa pela barriga… ou melhor, pela gastronomia da região! É que a minha mãe adora saborear uma boa refeição e restaurantes bacanas são sempre as principais atrações das viagens dela! Mas aqui ela conta também sobre transporte entre Calama e San Pedro de Atacama, e sobre onde se hospedou no deserto. Então, vamos ao relato da melhor mãe do mundo? Vumbora!

 

“Saímos às 10:30 de Santiago para a cidade de Calama, em um voo que durou cerca de 2h10 (leia aqui as dicas de Santiago). Do aeroporto de Calama, pegamos um transfer para San Pedro de Atacama. Várias empresas ficam oferecendo transfer no aeroporto. Fomos com a Transvip, e pagamos 22.000 pesos chilenos por pessoa. Comprando ida + volta por 20.000 pesos cada trecho. Deixei a volta programada e, com 24 horas de antecedência, ligamos para confirmar data e horário. Chegaram sem atraso. Com certeza indico como uma boa opção de traslado. Serviço excelente.

Depois de 1h20 minutos de viagem estávamos em San Pedro de Atacama.

Ficamos no Hotel Diego de Almadro San Pedro De Atacama (Rua Toconao, 460). Ficamos em um quarto standard para duas pessoas, amplo, arejado, com boa roupa de cama e com o essencial: água quente no chuveiro todo dia e toda hora. Não tinha ar condicionado, mas não fez nenhuma falta, já que passávamos o dia inteiro fora, comendo ou fazendo os passeios.

O café da manhã tinha o básico, mas deixava a desejar em itens integrais, light ou
diet. Por outro lado, era um prato cheio para quem gosta de doces com bolos e tortas variadas.

O San Pedro de Atacama é um hotel pensado para famílias e grupos e fica a cerca de 100 metros do centrinho da cidade. Parece uma vila militar. Merece destaque a cordialidade dos funcionários, que nos atenderam muito bem e sempre com um sorriso nos lábios. O único ponto fraco era a internet, que era bem precária.

Hotel San Pedro de Atacama. Foto: Adelia Ribeiro

Hotel San Pedro de Atacama. Foto: Adelia Ribeiro

Hotel Diego de Almadro. Foto: Adelia Ribeiro

Em San Pedro de Atacama há várias opções de hotéis e hostels. Achamos o Hotel Diego de Almadro no site Booking. Era um dos poucos com boas referências, próximo do centrinho (essencial) e com vaga para os dias que queríamos.

Check in feito, saímos pra conhecer o centrinho e para comer (uma das nossas diversões prediletas!). E já que resolvi falar de gastronomia neste post, vou logo dar todas as dicas de restaurantes da cidade, ok?

Fomos direto no restaurante que um amigo nos indicou como imperdível, o Adobe (na Rua Caracoles, 211). Pedimos o salmão grelhado e o filé “aos pobres” (com fritas e ovo frito) e, olhem que delícia!

Restaurante Adobe, em San Pedro de Atacama. Foto: Adelia Ribeiro

Restaurante Adobe, em San Pedro de Atacama. Foto: Adelia Ribeiro

Gostamos tanto que voltamos no dia seguinte para experimentar a pizza. Foi a melhor que comemos por lá.

Imperdível também é o restaurante Blanco (Rua Caracoles 195), do mesmo dono do Adobe, mesmo estilo e preços, mas com uma decoração mais moderna, fugindo um pouco do estilo da cidade. Tivemos que esperar vagar mesa, mas valeu a pena pela comida, carta de vinhos razoável e serviço impecável. Pedimos hambúrguer (sem pão) com cebolas carameladas, servido numa cama de purê de batatas (9.000 pesos) e um risoto de quinoa (sem arroz) com frutos do mar (8.000 pesos). Pura delícia!

Outra boa opção de restaurante é o Casa de Pedra. Comemos tortilha de queijo abobrinha recheada, que estavam simplesmente maravilhosos.

Restaurante Casa de Pedra, em San Pedro de Atacama. Foto: Adelia Ribeiro

Fomos também ao Baltinache (Rua Domingo Atienza, nr 2), restaurante “Indígena gourmet”. Como é um restaurante muito pequeno (cinco ou seis mesas) é preciso fazer reserva com antecedência. Mas, como a cidade não estava muito cheia, conseguimos no mesmo dia. Optamos pelo menu (entrada, prato principal e sobremesa a 9.000 pesos por pessoa). Acho que criei uma expectativa muito grande (nunca tinha experimentado comida indígena) e, talvez por isto, fiquei um pouco decepcionada. Nada de extraordinário.

Restaurante Baltinache, em San Pedro de Atacama. Foto: Adelia Ribeiro

Há vários outros restaurantes, casas de chá e cafés, para aquele lanche ou almoço rápido e farto entre um passeio e outro, onde se paga entre 4.000 a 6.000 pesos por pessoa.

Há também sorveterias que exploram os sabores das frutas e ervas locais como a folha de coca, a algoroba e a rica-rica. Esta última é uma erva que acalma e faz bem ao estômago e que é muito comum ser servida em chás nos restaurantes.

Sorvetes de sabores exóticos em San Pedro de Atacama. Foto: Adelia Ribeiro

 

Confesso que San Pedro de Atacama me surpreendeu pela qualidade e apresentação da comida! Os preços são bem parecidos com os do Rio e São Paulo, em restaurantes de padrão similar. Os pratos são elaborados com ingredientes de qualidade e, como as fotos mostram, finalizados com um toque de chef.

Achei interessante o fato de eles oferecerem chá quente como bebida para acompanhar as refeições. Experimentei e gostei!

Outra boa dica também é o Las Delicias de Carmen (Rua Caracoles nr. 259-B), que serve comida caseira com preço ótimo. Um prato serve bem duas pessoas com fome.

Fomos ainda ao Tierra, Todo Natural (Rua Caracoles 271). Dizem que é o único vegetariano de Atacama. Lá, tomamos uma sopinha pra esquentar um pouco do frio que passamos naquele dia”.

Leia também: Como economizar com alimentação em San Pedro de Atacama (Blog Destinos Notáveis)

Sopa do Tierra, Todo Natural. Foto: Adelia Ribeiro

 

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Marcelle Ribeiro: Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.