Argentina – as dicas de baladas e de câmbio do meu irmão

Meu irmão voltou na segunda-feira de 10 dias de aventura na neve em Bariloche. E para minha alegria, ele resolveu dar as últimas dicas e impressões dele da viagem e da Argentina. Dessa vez, o relato é direto dele.

 

“Sei que já falei um pouco do câmbio, sobre alguns lugares que são melhores que outros e inclusive restaurantes que aceitavam Real e davam troco em Peso, mas acredito que ficou faltando falar de saques e compras com cartão.

Hoje vi o quanto foi debitado em Real da minha conta do Banco do Brasil a cada saque e quanto foi cobrado no cartão de crédito. Bem, as compras em cartão tiveram sempre cotações tão boas quanto as da casa de câmbio lá. Me arrependi de não ter usado mais o cartão. Não precisava ter ficado andando com tanto dinheiro, nem ter ficado fazendo conta para ver se o dinheiro iria dar ou não.

Talvez a grande vantagem de se andar com dinheiro lá, é que muitos lugares (lojas e boates) davam descontos para pagamentos a vista, em dinheiro.

Em relação aos saques, em teoria a cotação também é boa, mas quando colocamos tudo na ponta do lápis a coisa muda bastante… Isso por que tive que pagar taxas de saque cobradas pelo Banco de la Nación + taxas de saque cobradas pelo Banco do Brasil + IOF. Considerando tudo isso, no fim das contas, gastei R$ 183,57 para ter 400 pesos. Ou seja, isso significa que o meu R$ 1 comprou só 2,17 pesos, enquanto em outros lugares, com R$ 1 eu comprei 2,44 pesos. E quanto menor o valor sacado, pior a cotação, porque as taxas cobradas pelo saque não mudam.

Portanto, se for pra lá de novo, vou levar um pouco de dinheiro em peso, pra não ter que trocar nada no aeroporto, levar Real e ir trocando quando for necessário, e comprar o máximo possível no cartão
de crédito. Hoje em dia, com o Real valorizando, não corremos mais o risco de comprar algo achando que é um preço e na hora de pagar a fatura do cartão tomar um susto pelo valor ter aumentado absurdamente. Acho inclusive, que quando chegar a fatura as cotações podem estar ainda melhores.

Caio na base do Cerro Catedral, com as lojinhas ao fundo

Sobre Bariloche acho que não ficou muito a falar… Acho que ficou faltando comentar que, pela primeira vez, vi 3 marmanjos preocupados com protetor solar. Lá tava muito seco, e embora estivéssemos quase o tempo todo completamente cobertos, o rosto tava ficando ressecado (nariz sobretudo) e o sol refletido na neve fica muito forte. Acabamos tendo que comprar um protetor solar para o rosto que saiu por uns 120 pesos.

Em Buenos Aires passei duas noites, as duas no esquema de ficar em boate a noite toda e não dormir…. Nas duas estava acontecendo o Pub Crawl, um tipo de maratona de bares em que você se registra no início do evento, no primeiro bar, recebe uma pulseira que dá direito a entrar nos outros com direito a uma bebida (uma cerveja ou um shot) e lá pra uma da madrugada chega no último bar e fica o resto da noite lá. Eu fui nos bares/boates em que o Pub Crawl terminaria, não cheguei a fazer a maratona mesmo.

Fui nas boates Asia de Cuba (que fica na Calle Pierina Dealessi 750) e no Club Severino (o endereço é Hipólito Yrigoyen 851 e fica perto de Puerto Madero). Ambos  estavam bem animados, com muita gente e tocou de tudo, mas sobretudo, tinha muito brasileiro.

Ainda bem que a idéia não era conhecer onde os argentinos iam se divertir, pois encontrei pessoas da Nova Zelândia, da Inglaterra… Mas argentino(as) mesmo era minoria. Diferente do Dusk (que fica na Calle San Matin, 490), em Bariloche, que não só tinha bastante argentina, como lá pelas 4 da manhã começou a tocar música típica argentina.

Em todos esses bares/boates (e acho que o mesmo vale para os restaurantes de lá), quem converte se diverte, e muito! A tequila que aqui normalmente custa uns R$ 10 ou R$ 15, lá custa uns 16 pesos, e
convertendo para Real fica menos de R$ 7. O mesmo vale para todos os outros drinks, inclusive para as entradas nessas boates.

O Dusk não cobrava entrada, mas havia consumação mínima de um drink. Você ganhava um cartãozinho vermelho quando entrava, e quando pedia qualquer coisa no bar trocava o seu cartão vermelho por um verde, que te permitia sair sem pagar mais nada.

Fomos também num bar em Buenos Aires beber um pouco antes de entrar no Club Severino. Aqui no Rio, normalmente beber dentro de boate é muito caro e achamos que iríamos gastar muito dinheiro se fossemos beber só lá no Club Severino… Nos enganamos… A maioria das bebidas do Severino eram mais baratas que as do bar em que fomos antes, embora a diferença seja pequena e fique ainda menor ao converter para Real.

Em relação à viagem como um todo, posso dizer que valeu muito a pena, mesmo tendo que ir para Esquel por conta do vulcão. A única coisa que atrapalhou um pouco foi a zona da Aerolineas Argentinas.

O alto do Cerro Catedral. Foto: Caio Ribeiro

 

 

Casinha coberta de neve no Cerro Catedral. Foto: Caio Ribeiro

Vimos no site que tínhamos voo para sair de Esquel em direção a Buenos Aires às 16hs, mas o site não informava que horas o ônibus iria sair de Bariloche para Esquel. Nosso voo era numa segunda-feira e calculamos que o ônibus deveria ter que sair por volta de 10h30, 11h, para chegar a tempo em Esquel.

No sábado anterior ao voo, quando chegamos do Cerro Catedral, a Aerolineas já estava fechada, e no domingo ela não abre. Ligamos para o telefone do aeroporto, que em teoria funcionaria 24hs, mas com o aeroporto fechado devido ao vulcão, não teria ninguém lá pra atender, mas tentamos mesmo assim…

A última opção foi chegar na Aerolineas segunda o mais cedo possível e descobrir no dia quanto tempo teríamos ainda em Bariloche. Chegamos lá às 9h20 e descobrimos que o ônibus saía de Esquel às 10h, ou seja, tínhamos menos de 40 minutos para voltar pro hostel, fazer check out, arrumar as malas e partir para o aeroporto, que ficava a 25 minutos do Centro.

Fizemos tudo correndo. Compras em Bariloche agora só ano que vem, e as lembranças todas tiveram que ser do free shop.

Ah, esqueci de dizer, mas o aeroporto de Esquel é minúsculo. A fila pro check in do voo chegava a sair do aeroporto e eles tiveram que montar um toldo para as pessoas não ficarem na sol enquanto aguardavam na fila. Um amigo meu queria recarregar o netbook dele enquanto estavamos lá e teve que ficar em pé ao lado do banheiro, pois era lá que ficava a única tomada do aeroporto inteiro que estava funcionando. Pelo que entendi, qualquer atraso no voo que chegaria em Esquel resultaria em atraso no nosso voo, que saiu quase 2 horas depois. Como chegamos lá por volta das 14h30 e sairíamos somente às 18h, tivemos que almoçar por lá e a única mini (naquele aeroporto tudo é mini) lanchonete que tinha lá era cara.

O gigantesco aeroporto de Esquel! Foto: Caio Ribeiro

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Marcelle Ribeiro: Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.

Veja os comentários. (1)

  • Adorei o blog, especialmente as postagens feitas com dicas do seu irmão "snowboarder" e as postagens sobre suas viagens para Argentina, Paris e São Paulo - lugares que eu amo.