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As cataratas da Argentina valem a pena? Como visitar?

Quedas d’água belíssimas, em grande quantidade, vistas por ângulos diferentes e muito gotículas para refrescar os visitantes. E mais: a formação da Garganta do Diabo, “cachoeira” mais famosa do Brasil, vista do alto. Isso é o que os turistas que vão às cataratas da Argentina, ou seja, ao lado argentino das Cataratas do Iguaçu, poderão apreciar. Neste post eu vou dar todas as dicas sobre como visitar as cataratas do lado argentino!

Confira o índice:

As cataratas da Argentina valem a pena?
Lado argentino ou brasileiro: o que é melhor?
Quanto tempo ficar nas Cataratas da Argentina?
Como ir para as Cataratas Argentinas
Valor da entrada das Cataratas da Argentina
O que fazer no lado argentino das Cataratas?
Hotel nas cataratas da argentina
O que vestir?
Onde comer?
Horário de funcionamento

As cataratas da Argentina valem a pena?

Pra quem não sabe, as cataratas do Iguaçu não ficam apenas em território brasileiro, na cidade de Foz do Iguaçu (PR). Essa maravilha da natureza é “dividida” ao meio por uma fronteira imaginária: as quedas começam no Brasil e continuam na cidade de Puerto Iguazú, na Argentina. Cada país tem o seu parque, com estrutura própria.

E as cataratas pelo lado argentino vale a pena sim! O Parque Nacional Iguazú é como se fosse um parque de diversões, mas ao invés de roda-gigante e montanha-russa, as atrações são os mirantes para as quedas d’água impressionantes. E vale a pena mesmo se você já tiver ido ao lado brasileiro.

Garganta do Diabo, no Parque Nacional Iguazú. Foto: Marcelle Ribeiro

Cataratas do Iguaçu: lado argentino ou brasileiro?

Pra quem me pergunta o que é melhor nas cataratas do Iguaçu, se o lado argento ou brasileiro, eu sempre digo que ambos são incríveis. E complementares. No Brasil, por exemplo, você vê a Garganta do Diabo por baixo. Na Argentina, por cima.

Você tem que ir aos dois, para conhecer as quedas d’água em toda a sua magnitude. Vai por mim: você vai amar as cataratas da Argentina também.

Quanto tempo ficar nas cataratas do lado argentino?

Aviso logo: é impossível visitar as cataratas brasileiras e as argentinas no mesmo dia. Você vai ter que separar um dia para cada.

Na verdade, eu dediquei três dias às cataratas: no primeiro fui ao lado brasileiro, no segundo fiz as trilhas “obrigatórias” do lado argentino, e no terceiro voltei ao Parque Nacional do Iguazú (na Argentina) para fazer uma trilha diferente e mais longa, o Sendero Macuco, a uma cachoeira menos famosa, o Salto Arrechea.

Eu cheguei no lado argentino pouco depois do parque abrir, e fiquei até perto de fechar. Fiz todas as trilhas principais, algumas com sol na cabeça. Mas não se assuste quando eu digo “trilha”: os caminhos que levam aos mirantes das cataratas são todos pavimentados, com cimento ou passarelas de ferro e bem sinalizados.

Vi muitas crianças, mães com carrinhos de bebê e idosos. Mas vi também muitos jovens. Gente era o que não faltava quando estive lá, em um mês de março.

No dia que for ao Parque Nacional Iguazú (na Argentina) fazer as trilhas principais vá preparado, pois você vai andar bastante, mais que no parque de Foz.

Como ir para as cataratas argentinas

Transfer para as cataratas argentinas

Uma das maneiras mais práticas de ir para as Cataratas da Argentina é de transfer. No site da Civitatis, por exemplo, tem um tour que inclui o ingresso, o transfer e guia, a partir de R$ 113,90.

Ônibus para as Cataratas da Argentinas

Não há ônibus direto de Foz do Iguaçu para as cataratas da Argentina. Então, você precisa pegar um ônibus de Foz do Iguaçu à rodoviária de Puerto Iguazú, na Argentina. Em seguida, uma vez estando na rodoviária de Puerto Iguazú, você terá que pegar outro ônibus da empresa Rio Uruguay. Veja mais detalhes no post sobre como se locomover em Foz do Iguaçu.

Valor da entrada das Cataratas da Argentina

O ingresso para as cataratas argentinas custa 1200 pesos (adulto), ou seja, cerca de R$ 73, para brasileiros.  As vendas dos ingressos são online.

O que fazer no lado argentino das Cataratas?

Para começar, é bom você saber que são 5 circuitos a serem percorridos:

• Sendero Verde – um percurso de 600 metros que vai levar à Estação de Trem Cataratas. Sem atrativos.
• Garganta do Diabo – Trilha de de 1.100 metros para a queda d’água mais impressionante, vista do alto.
• Paseo Superior – tem 650 metros e permite uma vista panorâmica dos saltos da parte de cima.
• Paseo Inferior – tem 1.700 metros e possibilita apreciar as quedas pela parte de baixo.
• Sendero Macuco – Uma trilha do outro lado do parque, bem menos visitada, que leva à cachoeira Arrechea.

Logo que você entrar no parque, vai ver placas para a estação Central do trenzinho que funciona lá dentro. Há três estações no parque, que conectam diferentes pontos dele. Mas sugiro que você ignore a estação Central e, logo depois de passar pelas catracas de entrada do parque, caminhe pelo Sendero Verde (Trilha Verde), que, como eu disse, é um percurso de 600 metros que vai levar à Estação de Trem Cataratas.

Sendero Verde, trilha facílima no Parque Nacional Iguazú. Foto: Marcelle Ribeiro

Por que não sugiro ir de trem da Estação Central até a Estação Cataratas? Porque o trem demora a passar e não vai direto até a última estação, chamada Estação Garganta do Diabo. Melhor que esperar séculos por um trem para depois ter que fazer baldeação é caminhar 600 metros, certo?

Trenzinho do Parque Nacional Iguazú. Foto: Marcelle Ribeiro.

Trilhas

Na Estação Cataratas você tem três opções.

Em primeiro lugar, é fazer a trilha chamada Paseo Superior (Circuito Superior), que tem 650 metros e permite uma vista panorâmica dos saltos da parte de cima.

Paseo Superior, no Parque Nacional Iguazú. Foto: Marcelle Ribeiro.

Paseo Superior, no Parque Nacional Iguazú. Foto: Marcelle Ribeiro.

Você também pode fazer a trilha chamada Paseo Inferior (Circuito Inferior), que tem 1.700 metros e possibilita apreciar as quedas pela parte de baixo. É no Paseo Inferior que fica o cais para embarcar na lancha que te levará para pertinho das cataratas (passeio opcional e pago à parte, chamado Gran Aventura) ou para a Ilha de San Martín (incluído na entrada do parque). É lá também que ficam mirantes para você “sentir” as gotas de água voando e caindo no seu corpo.

Lancha que leva às cataratas, vistas do Paseo Inferior. Foto: Marcelle Ribeiro.

Paseo Inferior. Foto: Marcelle Ribeiro.

Mirante no Paseo Inferior. Foto: Marcelle Ribeiro.

A terceira opção é pegar o trem para a Estação Garganta do Diabo, de onde você fará uma trilha de 1.100 metros para ver a Garganta do Diabo se formando lá em cima. Ao descer na estação, vá para perto do banheiro e veja dezenas de borboletas “comendo” o salzinho das pedras que ficam no chão daquela área.

Borboletas na trilha para a Garganta do Diabo. Foto: Marcelle Ribeiro

Mirante da Garganta do Diabo

É lindíssimo! Ah, outro aviso: prepare-se para a muvuca para tirar foto no mirante da Garganta: cada centímetro é disputado! O último trem para a estação Garganta do Diabo parte às 16h10 e os embarques acontecem a cada 30 minutos, mas espere filas grandes!

O “gogó” da Garganta do Diabo. Foto: Marcelle Ribeiro.

Eu recomendo que você veja todas as atrações citadas acima. A ordem é a gosto do freguês. Há quem recomende não começar pela Garganta do Diabo, porque muitas pessoas vão ao parque apenas para vê-la e, por isso, ela costuma ficar mais cheia pela manhã.

Eu comecei pelo Paseo Superior, que achei que seria o menos emocionante, e depois fiz o Paseo Inferior, e já aproveitei e fiz logo o passeio de barco Gran Aventura. Foi bom porque na hora em que me molhei nas cataratas era início de tarde, estava sol e calor e me refresquei. Depois, fui me secando ao longo do dia com o sol.

Eu só lamentei não ter conhecido a Isla San Martín, pois o acesso para ela estava fechado, devido ao grande volume de água naqueles dias.

O Gran Aventura vale a pena?

O Gran Aventura é divertidíssimo. Você vai numa lancha com mais umas 10 pessoas até bem perto das cataratas e se molha bastante. Aliás, é um passeio bem seguro.

Nas cataratas brasileiras há um passeio semelhante, chamado Macuco Safári, que é mais caro que o Gran Aventura. Em 2021, o Gran Aventura custa 7000 pesos argentinos (cerca de R$ 330), contra os R$ 297 do Macuco.

Mesmo assim, a vantagem do passeio argentino, além do preço, é que passa mais vezes perto das quedas d’água.

Lancha do passeio. Foto: Marcelle Ribeiro

Se você for ao parque brasileiro e ao argentino e tiver que escolher entre um dos dois passeios de barco, faça apenas o Gran Aventura, que é mais legal e mais barato. Li relatos de pessoas dizendo que o Gran Aventura era menos seguro e anos atrás, um turista morreu na atração argentina, mas acho que de lá para cá, as coisas mudaram.

Eu, no entanto, achei o que o nível de “emoção” dos dois era o mesmo e em ambos os instrutores zelavam pela segurança dos visitantes. Não precisa ser nenhum jovem aventureiro para curtir.

Sendero Macuco

O Sendero Macuco (ou trilha Macuco) permite a visita a uma cachoeira na Argentina (em Puero Iguazú), o Salto Arrechea, que tem 20 metros de altura. Fiz esta aventura no segundo dia em que fui às cataratas da Argentina. A trilha para esta cachoeira perto de Foz do Iguaçu é super tranquila, plana em 95% do trajeto e larga, de terra batida. (Confira todos os detalhes sobre Sendero Macuco).

O que vestir para ir às cataratas na Argentina?

Vá com uma roupa de fazer exercícios físicos e tênis, pois você vai andar bastante. Além disso, você vai provavelmente querer sentir as gotinhas de água no seu corpo, o que é possível de um mirante do parque. Então, recomendo uma roupa que seque rápido.

E se você for como eu, vai fazer o passeio de lancha (opcional e pago à parte) que leva para perto das quedas… e aí, meu amigo, vai se molhar muuuuuito! Neste caso, leve uma toalha e uma roupa para trocar lá em uma mochila (mas prepare-se para carregá-la durante todo o passeio, já que lá não há armários para os visitantes perto do cais onde a lancha fica). Não precisa levar repelente, mas boné, óculos escuros e protetor solar são altamente recomendáveis.

Hotel nas Cataratas da Argentina

O hotel Panoramic Grand – Iguazú tem nota 8,5 no Booking e a diária para o casal sai por R$ 648, com café da manhã muito bom incluído. Piscina, academia e bar estão entre as comodidades.

O Iguazú Grand Resort Spa & Casino tem nota 9 no Booking (com base em mais de 200 avaliações). Os hóspedes elogiam o conforto e as refeições do local. A diária para duas pessoas é a partir de R$ 878.

Por fim, o O2 Hotel Iguazu tem nota 9,1 no Booking. A localização, perto da feirinha e do barzinho, e o visual do local são super elogiados por quem ficou hospedado. A diária é de R$ 522 do quarto duplo.

Onde comer nas cataratas da Argentina

O Parque Nacional Iguazú tem dois restaurantes e várias lanchonetes em áreas diferentes. Eu almocei umas empanadas por lá. Achei melhor lanchar e deixar para jantar em algum lugar legal. Ah, na hora de comer, cuidado com os quatis! Eles roubaram um saco de empanadas de uma família que “deu mole” na mesa ao meu lado!

Quati, sempre pronto para roubar comida! Foto: Marcelle Ribeiro

Horário de funcionamento das Caratas da Argentina

O parque abre todos os dias, às 8h. A entrada só é permitida até às 15h, mas o parque só fecha às 17h.

O parque fica na Calle Victoria Aguirre, 66, Puerto Iguazú, Argentina.

OBS: Se você vai com malas para o Parque Nacional do Iguazú, fique tranquilo: na lojinha que fica na entrada do parque há local para deixar as bagagens pelo dia inteiro, mediante o pagamento de uma pequena taxa.

Cataratas da Argentina – Conclusão

Em conclusão, o Parque Nacional Iguazú é imperdível para sua viagem à Foz do Iguaçu. O parque é bem bonito, as trilhas são tranquilas e você pode ir bem pertinho das cataratas argentinas. Além disso, eu gostei muito de ver, do alto, a formação da Garganta do Diabo,  a queda d’água mais famosa da América do Sul.

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Publicado por Marcelle Ribeiro

Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.